Imagino-me a entrar num local de trabalho dividido em áreas de actividade, cada uma com o seu carácter distinto. Os escritórios dos cantos estão replectos de sofás, cadeiras e estantes. Uma pessoa está no escritório à minha esquerda lendo uma revista técnica, com os pés em cima do ottoman.
Ouço o tom calmo e indecifrável de conversas.
À minha direita, vejo espaços de trabalho. Olho por cima do ombro de uma pessoa do suporte administrativo, e vejo que o seu calendário a recorda de um encontro pessoal para aprendizagem com o líder da empresa.
Uma pessoa chega por trás de mim, com uma mochila às costas. Parece que teve uma aula no início da manhã. Senta-se no seu espaço de trabalho e, assim que liga o seu computador, ouço-a entusiasticamente comentar com um colega aquilo que aprendeu.
Passo pela sala de reuniões. As pessoas gesticulam cheias de excitação. Páro e olho lá para dentro. Parece que o pessoal administrativo está a falar dos seus processos de administração. Há gráficos e tabelas na parede. Vejo declarações fiscais na mesa. Ouço termos que muitos executivos têm de pensar duas vezes antes de usar.
Entro um pouco mais no ambiente de trabalho. Vejo outra reunião. Uma vez mais páro à porta e espreito. Parece uma reunião de equipa. Ouço que discutem cenários e vejo que examinam pressupostos.
Sinto respeito. Pressinto uma comunidade. A organização parece viva… respira.
(Ilustração de Roberto Ramos. Tradução de Ana Neves. Texto orginalmente publicado na lista de discussão learning_org.)