A programação neuro-linguística (em inglês, neuro-linguistic programming, NLP) foi essencialmente desenvolvida por dois autores, Richard Bandler e John Grinder.
A programação neuro-linguística (PNL) trata da forma como cada pessoa “codifica” as suas experiências anteriores e como essas “codificações” influenciam posteriormente as suas atitudes, crenças e comportamentos. Trata também, e principalmente, da forma como é possível alterar essas “codificações” e, como consequência, permitir às pessoas terem mais opções e mudarem os seus comportamentos.
As fontes da PNL
A PNL reúne e usa, por vezes com profundas alterações, alguns conceitos de vários autores e disciplinas.
Fonte | Conceito | Uso |
Pavlov | Reflexo Condicionado | “Programação” de certos reflexos e comportamentos |
Freud | Inconsciente | Muitas das nossas atitudes, crenças e comportamentos não encontram a sua justificação em ideias conscientes, mas em estruturas inconscientes |
Miller, Galanter e Pribam | Percepção e Estrutura | A capacidade de percepção do cérebro humano e a estrutura do comportamento humano. A PNL utiliza estes dois conceitos na noção de estratégia mental |
Watzlawick e Escola de Palo Alto | Sistemas de Percepção e Sistemas de Representação | As noções de sistemas de percepção e sistemas de representação como activistas da mudança |
Maslow | Pirâmide das Necessidades | Uma nova necessidade emerge quando as anteriores estão satisfeitas e, portanto, já não são suficientes |
Carl Rogers | Congruência e Incongruência | Diferença entre o que o indivíduo diz e o que ele faz |
Milton Erickson | Âncora e Modelos de hipnoterapia | Uma âncora é a conexão neurológica entre um estimulo e um tipo de representação que lhe foi associada num dado momento |
Chomsky | Estruturas profundas e Estruturas de superfície | Tal como a gramática generativa de Chomsky também nos modelos mentais existem estruturas de superfície e estruturas profundas |
Informática | Modelos, feed-back, programação, software, hardware, programar, modelizar, processar, etc. | A PNL “reutiliza” vários conceitos quer da cibernética (feed-back), quer da informática |
Os pressupostos da PNL
A PNL baseia-se em vários pressupostos:
– O mapa não é o território
Cada indivíduo constrói o seu mapa mental. Cada mapa mental é o resultado da forma como cada um apreende a realidade onde se insere. As pessoas actuam mais em função do seu mapa da realidade de que da realidade ela mesma.
– A experiência forma a estrutura
O pensar, o memorizar, o sentir têm uma certa estrutura. Quando se muda a estrutura, muda-se a experiência subjectiva e, portanto, a forma de reagir a certos estímulos.
– O cérebro e o corpo fazem parte do mesmo sistema
O pensamento do indivíduo influência a sua atitude corporal, as suas reacções físicas e reciprocamente. Quando se muda a forma de pensar, mudam-se as reacções físicas e a atitude corporal.
– As pessoas têm todos os recursos de que precisam
Imagens mentais, sons, sensações são a base de todos os recursos mentais e físicos. Os recursos que temos hoje são mais vastos do que aqueles que tínhamos quando a “programação” original foi gerada. Esses recursos podem ser utilizados para alterar essa “programação” e os comportamentos nocivos a ela eventualmente associados.
– Não podemos não comunicar
As pessoas estão sempre a comunicar, no mínimo a comunicar de forma não verbal, e, muitas vezes, a parte não verbal é a mais significativa.
– O significado da comunicação é a resposta que obtermos
Comunicar bem é fazer com que o outro perceba e entenda o que queremos transmitir. O resultado da comunicação é o feed-back que obtemos.
(Este resumo foi elaborado a partir da comunicação apresentada ao VII Encontro Nacional da APSIOT, em 1997, por Ana Tomás e Véronique Santos, “Mudança: organizações, grupos, pessoas”.)
Eu achei algumas frases de difícil compreensão.
Exemplo:
“- Não podemos não comunicar
As pessoas estão sempre a comunicar, no mínimo a comunicar de forma não verbal, e, muitas vezes, a parte não verbal é a mais significativa.”
e…
“- O significado da comunicação é a resposta que obtermos
Comunicar bem é fazer com que o outro perceba e entenda o que queremos transmitir. O resultado da comunicação é o feed-back que obtemos.”
O significado da comunicação é a resposta que obtemos? Ou que obteremos? Ou para obtermos?
Tratando-se sobre um texto de Programação Neurolinguistica, acho que deveríamos nos entender melhor, não acha?
Obrigado.