Gestão de Empresas na Era do Conhecimento

Na minha opinião a “Conferência de Gestão de Empresas na Era do Conhecimento” realizada no ISCTE/Lisboa em 29/05/2003, foi muito importante para uma das comunidades que está crescendo e se fortalecendo nessa área: a entre Portugal e Brasil, ela também foi muito boa para incentivar as pessoas que tem curiosidade, as que tem interesse e principalmente para as que já estão “coalizando” e iniciando práticas em suas actividades nas empresas.

A palavra “coalizão” (coligação, aliança …) foi mencionada por José Cláudio Terra (www.terraforum.com.br), em sua excelente intervenção e causou grande interesse e questionamento na platéia, pois ela não existe no dicionário da língua portuguesa de Portugal, somente no brasileiro, que é o país de origem do interventor.

Nesse evento também tivemos o prazer de participar do lançamento do 1º livro em português de GC : “Gestão de Empresas na Era do Conhecimento”, que foi organizado e editado por Ana Neves e Ricardo Vidigal, mas criado e desenvolvido por membros da própria comunidade, que compartilha e troca conhecimento de estratégias para implementação dessa prática nas organizações.

Um facto interessante, é que alguns membros da comunidade não se conheciam, só virtualmente, por causa da troca de e-mails, o que na minha opinião foi mais um ponto positivo do evento: o de possibilitar o conhecimento presencial entre os indivíduos da comunidade.

Parabéns aos idealizadores e à organização da conferência sobre Gestão do Conhecimento em Lisboa/Portugal.

A primeira intervenção da conferência foi de Carlos Zorrinho, que nos falou sobre a viabilidade relacional das organizações na Sociedade do Conhecimento e por onde introduzir as mudanças, ele nos mostrou também os novos paradigmas de gestão e seus focos estratégicos.

A profª Isabel Nicolau apresentou-nos os tipos de conhecimento (explícito, tácito ou implícito) e quanto ás suas diferentes práticas organizacionais de conversão do conhecimento (socialização, externalização, internalização e combinação). Ela chamou à atenção do quanto essa função de GC é especial e transversal ás outras funções de uma empresa.

Foi apresentado também os processos de flexibilização organizacionais, onde particularmente gostei muito de sua abordagem em relação ao conhecimento especializado existente no mercado, adquirido através de outsourcing, suas vantagens e desvantagens… a questão é: “Que conhecimentos reter?”

A intervenção de Ana Neves, também foi muito interessante, pois ela falou do tema “Comunidades na Prática, uma Abordagem Colectiva”; com características, suas vantagens sobre os indivíduos e a organização, as acções de incentivo às comunidades e a actividade de Análise de Redes Sociais, que é o tipo de trabalho que Ana desenvolve no Min. de Saúde Britânico, que tem como principal objectivo estabelecer a integração e facilitar a comunicação entre as equipas de uma determinada comunidade.

Um dos comentários interessantes da Ana é sobre a vantagem na prática de comunidades nas organizações, que é o de evitar o “Re-inventar do pneu furado”, ou seja, a duplicação de um mal trabalho…

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