Estive refletindo sobre os inimigos do conhecimento e sobre o quanto eles prejudicam ampliação do saber nas pessoas e a gestão do conhecimento, afetando negativamente o sucesso das pessoas e de suas corporações. Sejam inseridas na empresa ou em outro contexto social, as pessoas são constantemente afetadas e prejudicadas pelos inimigos do conhecimento. Daí conclui a importância de aprendermos a identificá-los, tratá-los e evitá-los em nossas vidas e empresas.
Os inimigos do conhecimento podem residir no próprio indivíduo, resultantes da cultura, aprendizado, influências do meio, deficiências cognitivas, estilo de vida, distúrbios mentais, modelos mentais, ignorância, caráter, temperamento, mas se fazem também presentes na empresa, identificáveis na distribuição do poder, estilos de liderança, arranjos físicos, falta de investimentos e recursos, hierarquias rígidas, posturas dos funcionários e gerentes, na cultura organizacional, processos, procedimentos de trabalho e etc…
As conseqüências dos inimigos do conhecimento são muitas, gerando intermináveis prejuízos às pessoas e conseqüentemente, às empresas. Um inimigo do conhecimento pode produzir efeitos no indivíduo e no coletivo. Suas conseqüências atingem geralmente a aprendizagem, mas qualquer interferência que afete negativamente a produção, disseminação, uso, aplicação e entrega do conhecimento também pode se considerada como inimiga do conhecimento.
Alguns inimigos do conhecimento podem ser a causa ou a conseqüência de outros. Barreiras de aprendizagem, por exemplo, ao mesmo tempo em que são inimigos do conhecimento, muitas vezes são conseqüentes de um ou mais outros inimigos. Do mesmo modo, a alta rotatividade dos funcionários, a falta de infra-estrutura de comunicação e tecnológica, estratégias deficientes como demitir ou não contratar os mais velhos, a falta de treinamento e capacitação, falta de alinhamento estratégico e foco, estrutura física deficiente, divisão e distribuição dos trabalhos, alocação dos recursos, falta de alinhamento das expectativas (pessoas e empresas), falta de alinhamento mercadológico do conhecimento, ao mesmo tempo em que são inimigos do conhecimento podem ser resultantes ou geradores de outros.
Os inimigos do conhecimento corporativos podem ser internos ou externos e podem ser visíveis ou “invisíveis”. Um exemplo clássico de inimigo externo do conhecimento é deflagrado, quando observamos que a experiência universitária não foi capaz de preparar adequadamente a pessoa para os desafios da profissão. Um outro inimigo externo, ainda mais avassalador, é quando o índice e a capacidade de atração de talentos é maior em empresas externas (concorrente ou não) do que na companhia.
Os inimigos visíveis do conhecimento são aqueles mais facilmente identificáveis e observáveis pelos gestores. Embora visíveis alguns deles podem não ser físicos. Alguns exemplos:
- corporativos – falta de infra-estrutura de comunicação, falhas nos processos de trabalho, fluxos de conhecimento falhos, falta de estimulo a trocas de conhecimento, falta de interesse ou de motivação das pessoas, deficiência nos processos de comunicação, etc.;
- pessoais – falta de recursos para estudar, comprar livros ou para ter acesso a cultura, falta de comprometimento e envolvimento, curiosidade escassa, etc..
Já os inimigos “invisíveis” do conhecimento são aqueles mais complexos de se identificar em pessoas ou na própria empresa. Como exemplos dos inimigos “invisíveis” posso citar, modelos mentais deficientes, maneira de pensar, sutis deficiências cognitivas, falta de consciência da realidade, baixa estima, interpretações falhas da realidade, etc…
Quer sejam visíveis ou invisíveis, o que se espera, independente do tipo de inimigo do conhecimento, se na empresa ou nas pessoas, é sua localização, identificação e eliminação. Embora nem sempre tão fácil e possível, tenho observado inimigos do conhecimento que podem ser eliminados ou sanados e outros que podem ter seus efeitos neutralizados.
O esquecimento, por exemplo, é um dos muitos inimigos “invisíveis” do conhecimento e pode ter seus efeitos neutralizados, minimizados ou nulos com a simples adoção de um bloquinho de notas. É quase impossível medir o impacto real do esquecimento na eficiência empresarial, contudo, é fácil aceitar que muitos são os prejuízos causados por ele. Enquanto não aprendermos técnicas de memorização e não aprendermos a ampliar nossa capacidade de lembrança, o esquecimento, certamente continuará sendo um grande inimigo do conhecimento.
A nossa maneira de pensar, por exemplo, pode ser mais um dos inimigos “invisíveis” do conhecimento. A maioria de nós acha que pensa sempre corretamente acerca das coisas que nos cercam e exigem decisão. Isto acarreta muitas vezes conseqüências e implicações muito sérias. Normalmente, formulamos perguntas simples para os problemas, procuramos por respostas rápidas e tendemos a reflexão confortável.
Uma certa tendência natural leva as pessoas a pensar ancoradas em paradigmas e modelos mentais, ocasionando por vezes, interpretações falhas ou aquém daquilo que poderiam produzir, prejudicando o resultado das suas decisões e ações. É comum observarmos pessoas tentando resolver problemas antes mesmo de compreendê-los absolutamente. Dessa maneira, histórica e infelizmente, muitos têm tentado resolver seus desafios e problemas.
Não só este inimigo, como também, todos os outros inimigos do conhecimento podem atuar, interferir e atrapalhar nossa capacidade julgadora e produtiva. Somos muitas vezes condicionados e influenciados a pensar nos problemas de maneira errada. Com certa freqüência, somos alvos ou produtores de perguntas erradas sobre os problemas que nos cercam. E assim, freqüentemente, acabamos alterando a essência do problema, em prejuízo da sua solução. Sem perceber, buscamos caminhos alternativos e mais fáceis para resolução de problemas, sem muito refletir sobre os fatos relevantes. Isso muitas vezes nos desvia de soluções criativas e da produção de conhecimentos novos. Outras vezes, buscamos soluções para problemas mal interpretados e que nem se quer entendemos devidamente, ou buscamos soluções a partir de questões mal equacionadas e todas estas situações são bastante contrárias tanto a produção e uso do conhecimento, quanto à sua mobilização apropriada.
A arrogância intelectual e a falta de humildade são outros inimigos terríveis para o desempenho e crescimento. Quem entre nós é capaz de aprender algo novo se pensar já saber tudo? Richard Saul Wurmann afirma que o pré-requisito mais essencial para a compreensão é ser capaz de admitir a ignorância quando não entender alguma coisa.
Muitos acabam enganados por estes inimigos do conhecimento, principalmente porque a arrogância intelectual e a falta de humildade, infelizmente podem se apresentar mais confortáveis do que o retorno ao aprendizado, que nunca deveria deixar de acontecer na vida das pessoas. Um funcionário nessas condições, normalmente rejeita os muitos feedbacks do meio externo e deixa de aproveitar oportunidades de aprendizado e melhoria, dificultando assim, seu avanço e progresso.
Existem alguns “desquites”, também inimigos do conhecimento, que atuam em todos os contextos de inserção do indivíduo. Infelizmente, muitos destes “desquites” são frutos de “casamentos” que nunca existiram de fato para a maioria das pessoas. Um deles é o rompimento existente entre as pessoas e a leitura. Desenvolver o hábito da leitura é fundamental para o aprendizado constante e a sobrevivência no mundo moderno. Não gostar de ler, mais que um inimigo do conhecimento é como um vírus letal. Ler é imprescindível. Existe uma frase bastante apropriada de um autor desconhecido que diz: “Um homem que não lê está na mesma situação de um homem que não sabe ler”. Para Richard Saul Wurmann “somos o que lemos. Tanto em nossa vida profissional quanto pessoal, somos julgados pela informação que utilizamos. A informação que ingerimos molda nossa personalidade, contribui para as idéias que formulamos e dá cor à nossa visão de mundo. Aquilo que escolhemos para ler e o que resolvemos deixar de lado é, portanto, uma das decisões mais críticas que tomamos.” Além disso, quem lê vive mais.
Um outro “desquite” indesejável pode ocorrer entre o homem e a escrita. Muitas pessoas, infelizmente se encontram afastadas também da escrita e o que deveria ser um hábito, transforma-se em uma prática rara. Embora o e-mail de certo modo tenha trazido de volta e ampliado a prática da escrita, seu alcance e uso não serão suficientes o bastante para resgatar a maioria das pessoas. Quantos profissionais negligenciam a produção e a disseminação de conhecimentos e deixam de apoiar a empresa, ensinar, refinar e ampliar o saber, simplesmente porque não gostam de escrever?
A falta da conversação e dos diálogos, também como inimigos do conhecimento, se não tem atirado homens no abismo da ignorância, tem colaborado muito para que eles não saiam de lá. O estilo de vida moderna, a violência urbana, as pressões competitivas, os paradigmas atuais de sucesso, entre outros, tem afastado as pessoas, as tem confinado em seus apartamentos e as tem arremessado em um mundo de pouco diálogo e de raras trocas de idéias e informações. Segundo Gauzzo, a conversa é o início e o fim do conhecimento…é a perfeição total do aprendizado.
As pessoas não têm se interessado muito pelas outras, se recusam a investir seu precioso tempo em “prosas” e não fazem questão em conhecer e fazer novas amizades, ignorando que tudo isso seja fundamental ao crescimento individual. Este comportamento que costumamos chamar como moderno, tem lançado o homem em um profundo isolamento improdutivo. Thomas Fuller afirmava que “A educação inicia um cavalheiro enquanto a conversa o completa”. Em concordância, Benjamin Franklin costumava comentar que enquanto a leitura torna uma pessoa completa, a meditação torna uma pessoa profunda e o discurso, faz delas pessoas claras.
Outro inimigo do conhecimento tão prejudicial quanto os anteriores e que também pode ser considerado como um “desquite” é a falta de curiosidade. O divorcio do homem com a curiosidade infelizmente, muitas vezes ocorre prematuramente. Logo após a infância, ou pouco depois dela, a perca da curiosidade parece se evidenciar, diminuindo sua presença nos adultos. É comum observarmos que as crianças se mostram muito mais curiosas e interessadas que os adultos. Contudo, da idade mais tenra até a mais adulta, a curiosidade nunca deveria deixar de se fazer presente em nossas vidas
Principalmente por ser a fonte do saber e da descoberta, a curiosidade têm chamado a atenção dos recrutadores de talentos, tanto quanto a própria bagagem acadêmica e da inteligência que pode ser detectada em testes convencionais. Walt Disney certa vez mencionou: “Nós continuamos avançando, abrindo portas novas e fazendo coisas novas porque nós somos curiosos e a curiosidade continua nos conduzindo a caminhos novos”.
Além de importantes à vida profissional, indicadores relacionados a curiosidade são essenciais também ao êxito da vida pessoal e se acham mais presentes na vida de pessoas de sucesso, de pessoas cultas, de gente talentosa, gente otimista e perseverante, pessoas inconformadas e lutadoras e jovens de todas as idades que tem prazer em viver e de transformar o mundo à sua volta.
Tal como os inimigos do conhecimento que atuam sobre a vida particular das pessoas, não devemos nos esquecer que todas empresas ou qualquer organismo social, possuem inimigos do conhecimento e sobre estes, deverão estar concentrados parte do esforço e trabalho da gestão do conhecimento.
Poderia escrever sobre vários outros inimigos do conhecimento, pois, com razoável persistência insistem em fazer parte de nossas vidas e empresas. Todavia, mais importante do que falar sobre os inimigos do conhecimento é deixar claro sobre a influência negativa deles em nossas vidas e esclarecer sobre a importância que pessoas e empresas se esforcem para perseguí-los e neutralizá-los.
Estes inimigos do conhecimento agem principalmente em prejuízo e bloqueio da aprendizagem, da inovação, da criatividade, da transferência de conhecimento, etc… Eles atuam sobre o conhecimento tácito, potencial e explícito, entretanto os maiores prejuízos ocorrem quando afetam o conhecimento tácito.
As barreiras da aprendizagem organizacional são também inimigas do conhecimento e prejudicam tanto o desempenho individual, quanto o coletivo. Estas barreiras podem ser identificadas no indivíduo, em grupos, nas posturas dos líderes e gerentes, nos processos, na estrutura física da empresa e na própria cultura organizacional. Elas bloqueiam a aprendizagem, impedem o acesso ao conhecimento, interrompem o fluxo do conhecimento e atrapalham a conquista do saber. Muitas dessas barreiras são do próprio indivíduo, porém existem outras associadas à empresa.
Vejamos alguns exemplos de barreiras que podem bloquear o potencial do aprendizado: resistência à mudança; limitações de ambiente físico e espaço; burocracias e formalidades excessivas; limitações de tempo; desinformação; falta de perspectivas de futuro; limitações para aplicação prática do conhecimento adquirido; desconforto e insegurança; ausência de confiança nos líderes e gerentes imediatos; ceticismo; problemas de origem emocional; auto-estima baixa ou tão alta que possa impedir as pessoas de aprender; capacidade mental; cultura e conhecimentos precedentes (pré-requisitos necessários); problemas emocionais e físicos ligados à capacidade de aprendizado, retenção, absorção, memória, etc…; desinteresse; falta de curiosidade intelectual; desmotivação; síndrome de Gabriela (Eu nasci assim, eu cresci assim, vou morrer assim… Gabrieeeela!); falta de foco e planejamento de vida; falta de humildade – os sábios nunca acreditam que sabem tudo e sempre estão dispostos a ouvir e aprender mais; falta de prazer na leitura e pesquisa; falta de orientação; comodismo; hierarquias muito rígidas; distribuição e uso do poder; falta de recursos; tradição contrária; falta de amizade, união e companheirismo; falta de comunicação; falta de respeito; medo de fracassar; preconceitos; etc…
A contradição e a diferença entre o discurso e a prática são os maiores inimigos dos processos de mudanças, da cultura organizacional e da própria gestão do conhecimento. Eles muitas vezes são ao mesmo tempo, sinais da própria cultura contaminada. Assim, a postura exemplar de líderes e gerentes é primordial e qualquer ação ou discurso incoerente com os propósitos da gestão do conhecimento, são considerados inimigos do conhecimento e da mesma maneira, abomináveis.
Muito mais por suas conseqüências, a falta de motivação, entusiasmo e de estímulos são outros fortes inimigos do conhecimento. Isso porque sem eles é impossível obter aprendizado ou mesmo o êxito em gestão do conhecimento. É muito interessante pensar que em algumas empresas encontramos profissionais e fatores predominantes que motivam e estimulam os funcionários. Em outras empresas predominam profissionais e fatores neutros em relação à motivação. E infelizmente, em outras companhias predominam profissionais e fatores que desmotivam e desestimulam outros funcionários. Essa última possibilidade é desastrosa ao conhecimento e atuação (uso do conhecimento) e a penúltima indesejável e improdutiva. Na maioria das empresas conseguimos encontrar estes três perfis gerenciais, contudo, nas instituições de sucesso é comum encontrar-mos a motivação como fator predominante.
É importante compreender que o grande responsável pelo fracasso ou sucesso da motivação na empresa é mais conhecido como Pessoa. Com isso, o principal remédio contra a desmotivação é gente de altíssima qualidade, devidamente orientada e treinada para agir em benefício da motivação, repudiando, é claro, eventuais profissionais e fatores contrários a ela.
Os inimigos da criatividade e da inovação são também indesejáveis inimigos do conhecimento, uma vez que bloqueiam os processos criativos tão raros e importantes ao sucesso das organizações. Estes devem ser tanto alvos da preocupação e vigilância das pessoas, quanto das empresas através de seus programas de gestão do conhecimento. Nos tornarmos mais criativos está inserido no contexto da empregabilidade e em relação as empresas, está inserido no contexto da sobrevivência e da competitividade, por isso é tão fundamental. Abaixo seguem alguns inimigos da criatividade que pude identificar: ausência dos planos e projetos da empresa que reduz o foco da ação criativa; burocracias; controles excessivos; decorar ao invés de aprender e compreender; descartar ou abandonar idéias prematuramente; escritórios ou instalações impróprias; falta de autonomia; falta de curiosidade; falta de informação e conhecimento; falta de perspectiva de desenvolvimento e de crescimento; falta de motivação, tempo ou ambiente apropriado para a reflexão; falta de visão compartilhada; hierarquias rígidas; imposição de moldes e modelos padrão; inibição e timidez; isolamento; julgamentos prematuros; descarte imediato de insights; mesmice e repetição; mentalidade orientada pelo raciocínio lógico; padronização e normas; pessoas sem visão (que matam suas próprias idéias e ou as dos outros); comportamentos tradicionais dominantes contrários; pressa; pressões; repetição e imitação; respostas rápidas; restrição de escolhas ou opções; rigidez de horários e compromissos; rotina massacrante do curto prazo; forte vigilância das pessoas (o que ele está fazendo?, quanto ele fez?).
Os limites que cada um impõe a si próprio, bloqueios e barreiras mentais colocadas frente aos seus próprios desafios são também inimigos do conhecimento, existindo uma série de iniciativas que podem ser adotadas contra estes inimigos.
O fato da maioria das empresas desconhecer todos os seus potenciais de conhecimento, e, portanto, não explorar alguns deles é considerado também um inimigo do conhecimento. Assim, descobrir as melhores formas para aplicar, embalar, entregar e vender as competências e os conhecimentos pouco explorados pela empresa é uma maneira de neutralizar e vencer este inimigo.
Como inimigo do conhecimento temos também os Matadores de Sonhos. Normalmente somos ameaçados por este inimigo silencioso que tem se mostrado campeão da improdutividade intelectual não só nas empresas e por isso precisa ser aniquilado de nossas vidas. Ninguém duvida que a interrupção de sonhos seja contrária a produção de conhecimentos. Imagine o quanto teríamos conseguido se os matadores de sonhos não tivessem atuado tanto? Portanto, nunca permita que destruam os seus sonhos. Nunca deixe de sonhar, acreditar e lutar para que se transformem em realidade.
Costumo pensar: “Ah… se eu pudesse me apropriar e partir do ponto onde muitos desistiram e abandonaram seus sonhos, certamente estaria muito perto de boas descobertas e oportunidades.” A idéia aqui é motiva-lo a se apropriar dos sonhos dos outros, mas mostrar a você que a desistência deles pode ser uma tolice. Além do mais, o fracasso ainda que indesejado é um resultado importante para a ciência. Outros piores resultados poderiam ser não ter tentado ou não ter perseverado. Quantos não conheceram nem a conquista e nem o “fracasso” por que desistiram de seus sonhos? Qual o mérito dos que desistem quando pensamos na produção do conhecimento? Para Daniel Luz, autor do livro Insight, “Só os corajosos conhecem o fracasso. Logo quem fracassa não é um fracassado é um corajoso. Fracasso não significa que Deus o abandonou … Significa que Deus tem uma idéia melhor.”
E por último, contudo não esgotando a grande lista de inimigos do conhecimento, é importante termos consciência que nossas decisões e escolhas podem se tornar amigas ou inimigas do conhecimento. Os programas de TV que decidimos assistir, os livros que decidimos ler, as estações de rádio que ouvimos, as revistas que assinamos, os lugares que freqüentamos, a empresa e as pessoas que selecionamos ou escolhemos para trabalhar, as escolas e cursos que decidimos freqüentar e principalmente os amigos e cônjuge que escolhemos, são fundamentais ao sucesso ou decisivos ao fracasso. Baltasar Gracian afirmava que deveríamos transformar nossos amigos em professores misturando os prazeres da conversação às vantagens da instrução.
A preocupação com os inimigos do conhecimento deve ocorrer na empresa independente da coexistência de um programa formal de gestão do conhecimento, contudo, existindo intenções ou iniciativas em torno da gestão do conhecimento, é interessante saber que os inimigos do conhecimento são muitas vezes as causas delas fracassarem no ambiente corporativo.
O grande êxito desta nossa luta contra esta interminável lista de inimigos do conhecimento é justamente facilitar o aprendizado e conseqüentemente obter o sucesso pessoal e a sobrevivência de nossas empresas, pois parafraseando Catão, sem aprendizado a vida é apenas uma imagem da morte.
Bibliografia
- Figueiredo, Saulo Porfírio. “O reino do conhecimento é conquistado e construído por crianças“. portal KMOL.
- Wurman, Richard Saul. Ansiedade de Informação – Como transformar a informação em compreensão – Editora Cultura.
É maravilhoso poder descobrir que se estava morto, até que alguém nos ressucite. Ressucitar, neste caso, significa ganhar uma nova oportunidade de compartilhar o mundo em que vivemos. Incrível é poder admitir que as organizações têm produzido a morte, ao invés da vida, quando adotam modelos de gerenciamento que estrangulam o conhecimento compratilhado, empregando todos os métodos sobejamente conhecidos para manter viva a ” inquisição”.
Bom é reconhecer que se esteve colaborando com tudo isto, e agora já é tempo de combater para mudar. Isto é sobrevida, no sentido bíblico, até.