Como utilizar as Redes Sociais sem se prejudicar no trabalho?

Pesquisa realizada pelo Ibope Nielsen Online em 2009, revelou que 59 milhões de pessoas utilizaram comunidades e ferramentas de mensagens instantâneas no Brasil. Redes sociais como Twitter, Facebook e Myspace já fazem parte do quotidiano da maioria.

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Dados do Instituto Informa/Binder apontam, ainda, que 18% dos usuários de internet preferem as redes sociais como forma de comunicação, seja ela pessoal ou corporativa.

O Twitter, por exemplo, se tornou o símbolo da interação virtual. Hoje, 50 milhões de tweets são enviados ao dia e lidos e “retweetados” por um sem número de usuários simultaneamente, sem aquelas formalidades que os emails exigem e, ainda, sem a obrigação de dar resposta.

Essa ferramenta que cresceu nada menos que 96,8% em 2009 no número de perfis facilita e acelera contatos e relações. Da mesma forma que aumenta da exposição de pessoas e ideias; e por isso merece ser tratada com responsabilidade.

O que tornar público?

“É preciso ter critérios na utilização das redes e analisar qual é o objetivo com as postagens de ideias, pensamentos ou sugestões”, diz Ivan Witt, head hunter e sócio da Steer Recursos Humanos e completa: “Não é porque a internet é um ‘campo aberto’ que se deva abastecer uma página com qualquer tipo de informação”. Afinal, ali estão nossos amigos, família, mas também chefes, políticos, jornalistas, colegas de trabalho e mais uma vastidão de pessoas e profissionais que fazem parte de nossas vidas.

Em guerra!

Neste momento dois grupos distintos travam uma batalha: de um lado, os chefes que acreditam que o uso de redes sociais virtuais levam à dispersão e dimunuem a criatividade; de outro, os internautas, que são contrários à presença dos chefes. “Você deixa de ser amigo de alguém se ele virou seu chefe ou você o chefe dele?”, questiona a pesquisadora Kelly Holland.

Muitas empresas também tiveram de devolver o acesso ao Facebook para empregados que ameaçavam pedir demissão. Para Ana Neves, consultora em Gestão do Conhecimento e sócia-gerente da Knowman em Portugal, “os colaboradores, especialmente os mais novos, entram nas empresas habituados a ter respostas e ofertas de ajuda imediatas sempre que precisam; e as conseguem nos sites sociais”.

Ana conta que na Headshift, onde trabalhava, havia uma sala no Skype exclusiva aos empregados espalhados por três continentes e quatro fusos horários distintos. “Em geral a conversa era fútil, mas servia para que os colegas mais distantes (ou os que trabalhavam fora de hora) se sentissem acompanhados, já que havia sempre alguém online. O pouco tempo em que se falava de trabalho, conseguíamos aumentos de eficiência enormes”, relata.

Revista Ser Mais - capa do nº 11, ano 2

Capa da edição da Revista Ser Mais em que foi publicado este artigo de Tina Andrade

É um fato que as empresas visionárias tendem a investir na criação de sites sociais internos – o custo é baixo, a probabilidade de sucesso é grande, satisfazem os requisitos dos colaboradores mais “ligados” e reduz consideravelmente os riscos de confidencialidade associados à utilização de sites sociais públicos.

Quanto à teoria de que as pessoas perdem tempo nesses sites, a especialista é incisiva: “as pessoas que perdem tempo em sites e que, por isso, não realizam as suas tarefas, perderiam tempo com palavras cruzadas ou ao telefone com os amigos, se não lhes dessem acesso às ferramentas sociais – é uma questão de profissionalismo e brio”.

Nota: Texto originalmente publicado na revista Ser Mais, ano 2 nº 11.

2 comments

  1. Dani Alberton 7 Novembro, 2010 at 14:30 Responder

    Olá Tina ótimo texto, entendo que a redes sociais além de construir relacionamentos de amizades, podem muito colaborar para construirmos e desenvolver oportunidades profissionais, uso as redes para negócios e os resultados são excelentes, veja http://www.multinivelpoderoso.com

    Um abraço até mais

    Dani Alberton

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