Parece-me evidente que, para conseguirem sobreviver na era do conhecimento, as organizações tenham de construir uma boa base de conhecimento. Ora, essa base de conhecimento é formada com a ajuda do conhecimento e da experiência dos seus colaboradores. O mesmo tem de acontecer com os países: para se conseguirem adaptar às exigências impostas pela economia mundial e pela era do conhecimento em que nos encontramos, os países têm de procurar melhorar a sua base de conhecimento. No caso de uma nação, esta base de conhecimento depende, em grande parte, do nível de formação dos seus cidadãos.
O Reino Unido parece ter-se apercebido dessa realidade. Uma das medidas que resolveu implementar é a penalização dos pais cujos filhos (ou jovens e crianças ao seu encargo) em idade escolar não frequentam qualquer estabelecimento de ensino. Esta penalização consiste numa multa e já começou a ser aplicada.
O KMOL é realmente um bom campo para um aprendiz ( de feitiçeiro) explorar. Já tinha passado por este post e fui em frente. Acabei lendo sobre Wikis. Aí no material do Gil Yehuda acho a seguinte frase fechando o artigo de wikis. “Of course, it’s never the weapon that wins the war, but you want to make sure you have the right gear”
Penso que cai como uma luva para o fechamento do post acima. numa tradução livre seria:
Certamente, a “escolaridade” não é a arma que vence a contenda, mas você quer ter a certeza que está bem preparado.
Sem dúvida, Ferdinand. A escolaridade é extremamente importante. No entanto, devo referir que a escolaridade obrigatória em Portugal aumentou desde que este post foi escrito. Neste momento, são 12 anos de escolaridade obrigatória. Ora, isto, parece-me um grande disparate. Por muitas razões (sociais, económicas, psicológicas, etc.). Pode ser que ganhe coragem para escrever um post sobre isso…
Não entendí quando dizes que isto te parece um grande disparate. Te referes aos 12 anos?
Tens contudo a vantagem de não teres presidente apedeuta, nem políticos do calibre do “Tiririca” e outros que são jogadores de futebol.
Sim, sim, Ferdinand. Custa-me a aceitar que uma pessoa tenha de obrigatoriamente fazer 12 anos de escolaridade (atenção que não é estudar até aos 12 anos!). Há muitas profissões que não necessitam de tanta escolaridade. Ao insistir em todos estes anos de escolaridade atrasa-se o rendimento da pessoa para a sociedade, atormentam-se muitos jovens que não têm queda nem gosto pela escola, menosprezam-se as profissões mais operacionais e criam-se falsas expectativas em quem estuda.
Tua percepção reflete um sistema que desconecemos no Brasil.
Nossos habitantes com menos escolaridade, amargam um padrão de vida indigno, balizado pelo nosso salário mínimo que não chega a 250 Euros.
O trabalho manual aqui sempre foi coisa para “não nobres”.
Ferdinand, o trabalho manual aqui também é olhado de lado porque é menos bem pago, exige mais força física, etc.. No entanto, são trabalhos necessários, que podem gerar muita riqueza para o país e tão dignos quanto qualquer outro. Para além disso nem todos têm condições para ser médicos e advogados, e o país não consegue absorver todos os licenciados que saem das universidades. Assim, cabe ao Governo criar melhores condições para quem optar por formação técnica e trabalhos nos sectores primário (agricultura, pesca, por exemplo) e secundário (indústria, por exemplo) e não necessariamente obrigar todos a fazer tantos anos de escolaridade.
Ana, esta é uma questão complexa.
Como vamos saber de antemão quem vai se identificar com este ou aquele campo. Penso que não dar boa escolaridade para todos é bastante injusto. Se o país tem infraestrutura para tal, porque não fazê-lo?
Adoraria ver esta questão discutida por mais leitores.