Depois de muitas semanas de trabalho, o livro “Gestão de Empresas na Era do Conhecimento” está nas bancas. É um livro dedicado a Jayme Teixeira Filho e cujas receitas servirão para iniciar a actividade da Sociedade Portuguesa de Gestão de Conhecimento, recentemente criada. Editado pelas Edições Sílabo, organizado por Ricardo Vidigal da Silva e Ana Neves (eu mesma!), e com capítulos assinados por diversos autores do lado de cá e do lado de lá do oceano, é provavelmente um dos livros mais completos sobre gestão de conhecimento em língua portuguesa. Veja o índice e será fácil perceber porquê!
Prefácio (M Corrêa)
Prefácio (C Zorrinho)
Introdução (A Neves)
Parte I – A era do conhecimento
Perspectiva prática (R Carneiro)
A era do conhecimento (M T Angeloni e M C S Dazzi)
Conhecimento e desigualdade (M Cavalcanti)
Comportamentos e resistências na era do conhecimento (C A Silva e C Castro)
Educação corporativa na era do conhecimento (C S Pereira)
Parte II – Gestão do conhecimento
Perspectiva prática (J C C Terra)
A gestão do conhecimento (R Silva, R Soffner e C Pinhão)
Memória organizacional (R Baroni et al.)
Comunidades de prática (J T Filho e R Silva)
Demolindo alguns mitos da gestão de conhecimento (S P Figueiredo)
Parte III – A inteligência dos negócios
Perspectiva prática (F Tomé)
A inteligência competitiva (E Gomes e F Braga)
Gestão de conhecimento do cliente (A Veloso e F Pierry)
Gestão da tecnologia e datamining (M V R Rodriguez)
Os indicadores para avaliação da gestão do conhecimento (J T Filho, R Silva, M Pousa)
Parte IV – Casos e perspectivas
Perspectiva prática (A D Figueiredo)
Os projectos de implantação (J T Filho, R Silva, E Lapa)
Internacionalização como factor de valorização do CI na PT Inovação (M Pousa)
Gestão de conhecimento em Portugal (A Neves)
O futuro da gestão do conhecimento (J C C Terra)
O índice, ou mais precisamente o sumário, tem temas interessantes e algo atrativos para quem como eu tem dedicado grande parte da sua atenção às coisas da gestão do conhecimento. Sem nunca ter feito disso uma profissão, o que é certo é que mesmo quando ainda frequentava o curso de Documentação, rapidamente me via a passar da gestão documental à gestão da informação e dessa à gestão do conhecimento. Sempre achei uma matéria interessante e extremamente importante para a gestão das organizações. E já lá vão uns bons anos…É que já tenho quase 60 anos, já fiz o curso em 1987 e, apesar de já desde essa data se falar nisso não vejo as organições a preocuparem-se com essa matéria em Portugal. Bem haja pela iniciativa do livro. Logo que tenha acesso a ele irei lê-lo com atenção. Parabéns.
Obrigada, Victoriano.
Felizmente já há algumas organizações em Portugal a preocuparem-se com estas áreas e, mais ainda, a colocar os princípios da gestão de conhecimento em prática de forma consciente e estratégica. Tenho tido o privilégio de trabalhar com algumas dessas organizações e o prazer de ler sobre várias outras.
Apesar de consciente de que a crise de que tanto se fala irá assustar algumas organizações e fazê-las pensar que não é altura de investir nestas áreas mais “soft”, sinto-me optimista e esperançada de que algumas outras organizações percebam que é exactamente neste cenário de maiores dificuldades económicas que vale a pena investir na gestão de conhecimento como forma de encontrar novas oportunidades (por exemplo, novos processos capazes de poupar recursos, novos produtos e mercados capazes de assegurar share de mercado).
Quando tiver oportunidade de ler o livro, não deixe de partilhar aqui a sua opinião. Como colaboradora desse trabalho, nunca me senti à-vontade para fazer uma resenha do mesmo. Seria difícil ser imparcial como sempre tento ser 🙂