A tendência é, cada vez mais, para colocar as pessoas e os aspectos culturais à frente dos detalhes e das decisões tecnológicas. Contudo, durante a sua apresentação no evento “Knowledge at work” organizado pelo Ark Group em Londres (30 Junho – 1 Julho), Ruth Mallors, CKO no Sainsbury’s, afirmou que as iniciativas de gestão de conhecimento devem começar com a implementação de soluções tecnológicas.
Segundo ela, é possível conseguir resultados visíveis em pouco tempo e poder usar esses resultados para conquistar o respeito e atenção da gestão de topo, conseguindo depois o investimento necessário para os aspectos mais “soft” da gestão de conhecimento.
Cara Ana,
realmente começar pela implementação parece quase como começar uma casa pelo telhado, no entanto compreendo um pouco a citada Ruth Mallors em querer implementar uma solução pois isso permite que os utilizadores vejam resultados, e assim usá-los para suscitar o interesse e a participação. No entanto penso, que para tal é necessário saber até onde a gestão de topo quer ir e ter utilizadores que sejam abertos a tecnologia.
Certo, Nuno, também entendo isso. O que me assusta imenso é quando as organizações pensam assim e decidem investir grande fortunas na implementação de ferramentas pesadas que, talvez até tenham resultado noutras organizações, mas que podem não funcionar nas suas.
As ferramentas sociais podem ser uma boa forma de optar por esta abordagem sem correr grandes riscos financeiros e apostando em ferramentas com maior probabilidade de ser bem aceites.
De qualquer forma, eu temo defender este tipo de abordagem (apesar de conseguir entender o porquê de ser escolhida em algumas circunstâncias): afinal de contas não custa muito envolver um pequeno grupo de pessoas, entender as suas necessidades e preferências, e usá-las para um projecto-piloto. Os resultados obtidos podem, então, ser usados para informar e convencer os demais.