Como não projectar uma Obra Pública

A edição do dia 6 de Março 2004 do jornal Público (Portugal), apresentava na sua edição Local Centro uma notícia intitulada “Tabuleiro da Ponte Europa ficou finalmente unido”.

O projecto da Ponte Europa, ponte que atravessa o Rio Mondego em Coimbra, vai custar ao Estado Português 75 milhões de euros. O orçamento inicial era de 34 milhões de euros.

Para além desta discrepância financeira, o projecto irá também demorar mais 29 meses do que o previsto.

Ainda bem que havia um incentivo tão forte: a realização em Coimbra de alguns jogos para o Europeu de Futebol 2004. Se não fosse esse tão importante evento para imagem da cidade, sabe-se lá quando a ponte seria concluída.

Mas, acalmem-se todos: o Estado está a pensar explorar a situação e usar a experiência derivada deste projecto para publicar o “Livro Branco sobre a forma como não se deve promover, projectar e construir uma obra pública”.

A lançar no dia de inauguração da Ponte Europa, este livro sugerido pela Inspecção-Geral das Obras Públicas constituirá leitura obrigatória para os projectistas que venham a trabalhar para o Estado.

Uma ideia de louvar, sem dúvida. Resta agora saber se livro vai mesmo falar e explorar os verdadeiros erros ou apenas aqueles de que é politicamente correcto falar…

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