Os profissionais de GC

Questão enviada: De que departamento devem surgir os profissionais de GC?

A minha resposta:

Não se trata de “dever” mas “poder”. A pergunta deveria ser “De que departamento podem surgir os profissionais de gestão de conhecimento?”. A resposta a essa questão é: “De qualquer um.”

A gestão de conhecimento tem ênfases diferentes de organização para organização. Algumas concentram-se mais nos aspectos da informação e da tecnologia, outras olham para os aspectos de pessoal, outras ainda para a propriedade intelectual, etc..

O ênfase dado à gestão de conhecimento depende geralmente das características e preferências da pessoa responsável pela sua supervisão. Assim, se a pessoa responsável trabalhar na equipa de Informática ou for engenheira, é mais natural que, nessa organização, o destaque seja dado à informação e às tecnologias de informação.

Nas organizações portuguesas e brasileiras, não é ainda comum abrirem-se vagas para gestores de conhecimento. O que acontece geralmente é que alguém na organização mostra interesse nessa área ou que a organização decide investir nessa prática. No primeiro caso, a gestão de conhecimento na organização vai ser moldada de acordo com as preferências e experiências da pessoa. No segundo caso, a organização decide qual a abordagem que prefere e tenta atribuir a responsabilidade à pessoa com o perfil mais adequado.

Quando uma organização decide recrutar alguém externo para assumir a responsabilidade por um programa de gestão de conhecimento, decide geralmente quais as suas prioridades (criar processos para partilha de conhecimento, gerir informação, criar cultura de trabalho em equipa, etc.) e com base nisso realiza o seu processo de selecção.

Pelo que me é dado observar, uma grande maioria dos gestores de conhecimento vêm da área das tecnologias de informação. Isto é causa e consequência da forte ênfase dada à tecnologia e à informação nos programas de gestão de conhecimento de que se ouve falar.

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