Questão enviada por Bruno Rino Pereira Tose: Quais as vantagens da gestão do conhecimento para as empresas?
A minha resposta:
A gestão de conhecimento tem várias vantagens para as organizações, entre elas, permite-lhes:
- ter uma melhor noção do conhecimento que têm e de que precisam;
- aumentar o conhecimento organizacional e maximizar a sua eficácia;
- aumentar os resultados efectivos da inovação;
- reduzir custos e o time-to-market (porque reduz a duplicação de erros e a reinvenção da roda);
- aumentar a satisfação dos clientes (porque oferece melhor e mais rápido acesso ao conhecimento existente na organização);
- aumentar a satisfação dos colaboradores (porque lhes oferece mais hipóteses de aprender e mostrar o que sabem);
- aumentar a satisfação dos restantes stakeholders (por todas as razões anteriores).
Nada disto acontece de um dia para o outro, e não resulta apenas através de enormes programas organizacionais. Há pequenas coisas que as organizações podem fazer a fim de produzir bons resultados, em pequenas áreas, e num curto espaço de tempo.
Vale ainda realçar que, apesar do que é dito e do que pode parecer, a resposta não passa essencialmente pela tecnologia, mas antes pelos processos e pelos factores humanos e culturais.
Penso que, talvez o maior problema das vantagens citadas neste artigo, esteja em medir a tangibilidade de sua eficácia. Pelo que tenho acompanhado, vejo como maior dificuldade na implantação da gestão do conhecimento a percepção das organizações em relação a própria definição de conhecimento e informação e seus papéis na estrutura formal. Por mais que buscamos esclarecimentos sobre estes termos não conseguimos perceber a interdisplinariedade existente em sua essência. E com isto, a disputa pela definição de papéis, pelos “donos do conhecimento” de uma determinada organização ou pela simples e densa definição de acessos, impede a implantação real desta valiosa ferramenta organizacional.
Comentário tardio.
GC ou KM estão também ligadas à questão de longevidade ou mesmo sobrevivência da organização.
Imaginem o que ocorre se teus concorrentes fazem KM e só não a tua organização!
É sem dúvida um comentário pertinente, Ferdinand. A lista que apresentei focava nos aspectos “internos” sem considerar a necessidade de considerar GC como resposta aos esforços nessa área de outras organizações.
Isto é bem similiar à situação que se passa (actualmente) com as organizações e a sua presença nas redes sociais: as organizações esquecem-se que, mesmo não querendo ter uma presença activa nas redes sociais, deveriam “andar por lá” para saber o que os seus concorrentes fazem e para saber o que os seus clientes (e potenciais clientes) dizem.
Penso que a nossa resposta instintiva de senso de conservação da espécie e uma força de primeira ordem em nosso comportamento.
Transpondo isto para as organizações, deveria também aparecer nas GC(KM)como o primeiro axioma.
De que adiantam outras medidas se nossa sobrevivência está ameaçada?
Em meus comentários anteriores havoa esquecido da sustentabilidade! E como tem muitos atores competindo no mesmo cenário, cuidem para não se entrar irreversívelmente na tão cruel “tragédia dos comuns”.