Jakob Nielsen partilhou recentemente a sua opinião sobre as dez melhores intranets de 2007. Apesar de o relatório completo ser bastante caro, o sumário está disponível gratuitamente e deixa-nos ficar com uma ideia das principais apostas nas melhores intranets organizacionais.
Nielsen refere aspectos já esperados (maior utilização de multimédia, boa utilização de princípios de web design, suporte de várias línguas, etc.) mas aquilo que mais me interessava saber era sobre a utilização de conceitos e ferramentas da web 2.0 em intranets organizacionais. Especialmente depois de ler o texto de Jerry Bowles Jakob Nielsen Hates Enterprise 2.0.
Com base no sumário acima referido, Bowles critica Nielsen pela sua opinião sobre ferramentas sociais. Confesso não perceber a razão das suas críticas já que não me parece que Nielsen esteja a criticar as ferramentas sociais. Ao invés disso, o conhecido consultor em questões de usabilidade, defende que estas sejam usadas em contexto com um objectivo específico e não apenas porque está na moda usar wikis, blogs, RSS feeds, etc..
Além disso, o que Bowles descreve como contradições, são apenas a forma de Nielsen dizer que estas ferramentas não fazem sentido em si mesmas mas apenas quando aplicadas para aumentar a produtividade de quem as utiliza. E por essa razão fala da Microsoft que usa o conceito de graus de separação no seu directório de colaboradores, da National Geographic Society que usa um wiki para manter actualizada uma lista de acrónimos e vocabulário específico, e a forma como a Microsoft está a usar blogs internamente.
E quem pode discordar com Nielsen? Afinal, as empresas não devem investir em cara funcionalidade se esta não ajudar os seus colaboradores a produzir mais e melhor. Mas, isto já são notícias passadas, certo?