Small brother is watching you

O espaço de colaboração online que desenvolvemos para um dos nossos clientes (na Headshift) inclui o conceito de rede de “amigos”, isto é, utilizadores do sistema que a pessoa pode adicionar à sua rede pessoal. De momento, a única funcionalidade associada é que o utilizador pode decidir partilhar os seus contactos (email e telefone) com todos os utilizadores do sistema ou apenas com aqueles que ele adicionar à sua rede pessoal

Hoje durante uma reunião com o cliente sugeri que explorássemos mais o conceito da rede pessoal. Sugeri, então, que criássemos formas de facilmente ver conteúdo criado pelas pessoas actualmente na minha rede pessoal. Assim, se eu adicionei a Maria à minha rede pessoal, é porque tenho interesse em saber o que a Maria tem para dizer e, por isso, e na teoria, vou gostar de poder facilmente ver uma listagem das suas contribuições no sistema.

Ora, quando eu disse isso, o cliente ficou um pouco chocado dizendo que isso iria ser interpretado como forma de monitorar o que as pessoas andam a fazer. Depois, parou para pensar uns segundos e, todo contente, disse: “Não, não, têm razão. Isso vai ser uma óptima forma de eu ver quem é que anda ou não a contribuir para o sistema. Vamos ver se as pessoas que se dizem tão interessadas vão, na verdade, utilizar esta nova ferramenta.”

O que é que uma pessoa há-de dizer?

As organizações, por um lado, comecem a aperceber-se do potencial e dos benefícios das ferramentas de socialização online. E por isso começam a investir no seu desenvolvimento. No entanto, os seus comportamentos, a sua cultura, teimam em mudar. Daí a reticência que se observa quando defendemos algumas funcionalidades, alguns processos de trabalho. As pessoas têm dificuldade em flectir e em repensar a sua forma de trabalhar.

Devagar chegaremos lá. Entretanto… bem, entretanto, temos de ir rindo com este tipo de comentários, reacções e ideias.

1 comment

  1. Ferdinand 9 Janeiro, 2011 at 21:37 Responder

    Bom post.

    Expõe o “big brother” escondido no subconsciente da administração.

    Demorei um pouco a entender o sentido do “small brother”

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