Hoje fui com a minha família até ao London Zoo. Tendo optado por ir de combóio até Marylebone, tivemos de atravessar o Regent’s Park (o que é sempre um gozo). Chegados a Regent’s Park, olhámos para o mapa do parque para descobrir qual o melhor caminho para o Zoo. Quando encontrámos o mapa seguinte, aproximámo-nos para confirmar a nossa localização e qual não é o nosso espanto quando o mapa não revela o local onde estamos (haviam retirado o autocolante indicador).
Porque havíamos visto o mapa anterior e sabíamos o caminho que havíamos percorrido, rapidamente nos localizámos.
Atrás de nós, porém, estava um americano que não fazia a mínima ideia de onde estava e que acabou por nos perguntar.
Ora isto fez-me lembrar algo que frequentemente acontece nas organizações. Têm uma noção do que querem ser e de onde querem chegar e decidem desenhar estratégias e planos de acção sem se preocuparem, primeiro, em descobrir onde estão.
É engraçado, não é? Porque pensarão as organizações que conseguem fazer isso em ambientes tão complexos, quando nós, indivíduos, não somos capazes de o fazer em situações tão simples?
Curioso nosso comportamento.
Se vens de um local onde os mapas são uma condição “default” és muito sensível se falta algum ou alguma informação. Já para quem não está acostumado à esta facilidade, qualquer mapa já é “divino” mesmo faltando a indicação “estás aqui”.
Imaginem a audácia dos descobridores!
No início não tinham mapas. E a terra não lhes parecia redonda (esférica)!
Eram eles que tinham que fazer os mapas.
Estes mapas deviam ser mantidos em segredo enquanto não caíram em domínio geral, que deve ter sido uma enorme confusão. Diversos mapas cada um feito por um descobridor diferente usando sistemas de coordenadas e sistemas de projeção diferentes.
Foram realmente muito bravos os navegadores dos descobrimentos!