Já escrevi aqui, aqui e aqui sobre livros e hábitos de leitura. Hoje descobri aqui uma notícia sobre o Biblioburro.
Ao jeito de biblioteca itinerante mas sujeito às limitações circustanciais, o Biblioburro faz chegar os livros e promove hábitos de leitura em remotas aldeias da Colômbia.
A ideia original partiu de um professor primário, Luis Humberto Soriano, em Magdalena. Actualmente, começa a ser imitada noutras zonas do país.
Para mim, defensora do princípio de que a necessidade faz o engenho e de que não é preciso (muito) dinheiro para se terem boas ideias e força para as implementar, esta notícia foi um achado.
Quando trabalhei na Abbey National (agora Abbey e do grupo Santander) como responsável por um programa de mudança cultural, o único orçamento que tinha era o necessário para as minhas deslocações aos vários escritórios na Inglaterra e na Escócia. Assim, puxei pela cabeça e fiz coisas engraçadas acontecer.
Como não tinha orçamento central, fui entusiasmar quem tinha ou quem tinha outros recursos que podia ceder. Convenci-os da necessidade de investirem na adaptação e implementação do programa às necessidades específicas de cada equipa. Em algumas equipas organizámos jogos, noutras fizemos apresentações, noutras adaptámos processos, etc..
Deu muito gozo! Especialmente ver os mais cépticos voluntariarem-se para passar palavra.