Como na altura aqui comentei, foi em Julho de 2007 que me registei no Twitter com o objectivo de perceber se eram merecidos todos os elogios tecidos a esse site/ferramenta social. Nessa altura usei o Twitter como uma verdadeira principiante, dando resposta literal à questão “O que estás a fazer”. Não vi as vantagens e deixei de usar o Twitter durante muito tempo.Depois, meses mais tarde, resolvi insistir. Foi aí que comecei a usar o Twitter de forma bem diferente: olhando para a sequência de actualizações daqueles que “sigo” como fantásticas fontes de informação, usando as actualizações dessas pessoas como forma de as conhecer melhor e de me sentir perto delas, partilhando informação, pedindo ajuda e desabafando com aqueles que me “seguem”.
O Twitter fez esta semana a capa da revista Time. O texto principal, com o título “How Twitter will change the way we live” vale a pena ser lido.

Twitter na capa da revista Time desta semana
As principais ideias desse texto são:
- a possibilidade que esta ferramenta dá de abrir o diálogo a um grupo mais alargado, conseguindo novas perspectivas e envolvendo as pessoas
- a diversidade de perspectivas possíveis graças à diversidade de indivíduos que podemos “ouvir” a todo o momento
- o Twitter dá-nos notícias sobre o “agora”
- o Twitter é hoje aquilo que os seus fãs foram fazendo (“os utilizadores têm, eles próprios, redesenhado a ferramenta”)
- o Twitter é um importante instrumento / apoio à inovação e é também um produto de “end-user innovation“
- “[o] mais fascinante do Twitter não é o que nos está a fazer. É o que nós lhe estamos a fazer.”
- fala-se do Twitter mas, na verdade, o que vale a pena frisar aqui é o conceito de micro-blogging e as três características – a estrutura de seguidores, partilha de links e pesquisa em tempo real. Ainda que o Twitter desapareça estes, diz o autor, ficarão e serão integrados noutras ferramentas.
Hoje praticamente não passo sem Twitter. É uma ferramenta para curiosos preguiçosos: a informação é empurrada para os utilizadores que, sem se mexerem, ficam a saber o que se passa em todo o mundo. É também uma forma de iniciar conversas e um canal adicional para partilhar as minhas experiência, ideias e questões.
Apesar disso, tenho de dizer que é também uma grande distracção: sem um pouco de disciplina, é muito fácil passar horas a olhar para a sequência de actualizações, seguindo links e referências.
Fiquei com alguma pena que o texto da Time não tivesse abordado a utilização do Twitter (ou micro-blogging) no seio das organizações. Teremos de ser nós a fazer as nossas próprias experiências e a partilhá-las aqui… ou no Twitter 🙂
Oi Ana,
Vc acredita ser possível usar o twitter para se fazer uma pesquisa acadêmica?
Como devo me cadastrar para receber/participar de twitters sobre GC?
Como assim, Cecília? Utilizando o Twitter para colocar questões esperando receber respostas do “público”?
Não vejo por que não. Terá o mesmo nível de confiança que um questionário online sendo que poderá obter mais respostas pelo facto de ser um canal mais imediato.
Terá, no entanto, algumas limitações. Ocorrem-me quatro:
Quanto à questão que coloca sobre como se registar para receber twits sobre GC. Tem duas alternativas. Identifica pessoas interessadas / com experiência em GC que se encontrem no Twitter e “segue-as”. Isso permite-lhe ver tudo o que essas pessoas dizem sobre GC ou sobre qualquer outro tema que lhes interesse.
Pode também identificar algumas expressões que queira procurar no Twitter (e.g. “gestão de conhecimento”, “KM”, “aprendizagem”) e subscreve essa pesquisa. Essa possibilidade não se encontra no site da Twitter mas existem várias ferramentas que o permitem, como por exemplo o TweetDeck, que é a que eu uso.
Se quiser saber o que eu própria vou dizendo no Twitter, pode-me seguir aqui.