Partilhei aqui recentemente a correcta atitude do Luis Suarez na sequência de uma entrevista para o KMOL. Esse post foi a minha forma de, com uma linguagem positiva, deixar bem claro o quanto me desagrada quando as pessoas se sentem na liberdade de ignorar as boas maneiras da Internet.
Hoje li um pequeno post, mas bem interessante, sobre a importância dos links e de como são parte essencial das boas maneiras, da etiqueta da Internet. Chris Brogan enfatisa o aspecto das boas maneiras mas também a importância dos links como elos de ligação, elementos de partilha.
Foi inspirada nesse post e numa descoberta recente que resolvi voltar aqui a escrever um pouquinho sobre netiqueta.
Não gosto quando as pessoas decidem transcrever, na íntegra, textos de outros blogs nos seus próprios blogs. Felizmente, na maioria das vezes, têm a decência de colocar links para o texto original, mas calculo que nem sempre o façam. Encontrei uma vez uma situação dessas com um post do KMOL. Depois de alertada para isso, a pessoa rapidamente corrigiu a situação colocando um link. Mas quantas outros textos, do KMOL e não só, não serão reproduzidos sem permissão e sem créditos, sem que os autores se apercebam?
O grande problema de reproduzir textos na íntegra reside em dois factores principais.
Em primeiro lugar está a repetição desnecessária de conteúdo. Entendo que esta reprodução seja uma forma de elogio. Mas não poderia o mesmo ser feito incluindo apenas um link para o texto orginal? Talvez com umas palavras de explicação e encorajamento à leitura.
Curiosamente quem faz isto muito bem são os autores de vários blogs que leio nos meus tempos livres, como por exemplo A Ervilha Cor de Rosa (de onde retirei o exemplo abaixo) ou Jonasnuts.

Exemplo de como se podem referenciar posts de outros blogs
Ao reproduzir o conteúdo em vários blogs, estamos a dispersar a conversa e, muitas vezes, a reduzir a possibilidade dela acontecer (isto porque há muitas pessoas que responderiam a outros comentários mas que não se sentem à vontade para escrever o primeiro).
Se estas pessoas reproduzissem as suas passagens favoritas, incluindo link para o texto original e algumas observações / comentários seus, estariam a contribuir significativamente para o debate.
E porque é que isto não é considerado dispersar a conversa? Porque o post dessa pessoa fica listado como um comentário ao post original, o que significa que, alguém que leia o texto original, pode seguir o fluxo da conversa, lendo também o “novo” post com comentários adicionais.
Mas se me desagrada quando alguém reproduz, na íntegra, textos de outras pessoas nos seus blogs / sites, mais me desagrada quando alguém inclui excerptos sem que estes sejam devidamente identificados.
Descobri recentemente um post onde se podem encontrar vários extensos parágrafos copiados de um post do KMOL. Apesar de o texto referir o meu nome, não é minimamente claro que fui eu que escrevi aqueles parágrafos. E, para terminar em beleza, não há qualquer link para o KMOL ou para o post em questão (nem na Webgrafia incluída no final).
Resolvi deixar um cordial comentário no blog solicitando que as passagens retiradas do KMOL fossem devidamente assinaladas e que colocassem um link para o texto original. Infelizmente o meu comentário não aparece no site e nada foi feito.
Tivessem os autores colocado aspas nas passagens retiradas do KMOL e colocado um link (trackback), aquele post teria sido o exemplo perfeito de como se devem produzir textos como contributos valiosos para a criação de diálogo, nova informação e conhecimento.