Ninguém pode negar o quão dependentes de conhecimento estão as empresas de advocacia. Talvez por isso tenham sido estas empresas das primeiras a investir em gestão de conhecimento. Porém, sempre me pareceu serem iniciativas insipientes, desgarradas, sem um fio condutor que garantisse coesão e, consequentemente, aumentasse a probabilidade de resultados significativos.
Pois bem, fui hoje alertada para um estudo recente que procurou entender até que ponto estas empresas têm conseguido tecer a gestão de conhecimento na actividade do dia-a-dia. O estudo, realizado por Ron Friedmann e com o apoio da International Legal Technology Association, contou com a participação de 80 empresas de advocacia, maioritariamente da América do Norte, e vem na sequência de um outro estudo realizado em 2006.
Já agora, e para quem se interessa pela gestão de conhecimento em empresas de advocacia (e noutro tipo de empresas também, por que não?), aconselho a leitura do livro “Social Networking for the Legal Profession” da autoria de Penny Edwards e Lee Bryant (meus ex-colegas na Headshift) e publicado pelo Ark Group. Ah, e a propósito da Penny e da Headshift, não deixem de ler os respectivos blogs onde muito vai sendo dito sobre a aplicação das ferramentas sociais em empresas de advocacia, muito para benefício da gestão de conhecimento.
Em países como o Brasil – onde literalmente milhares de alterações, inclusões ou retiradas de formas e conteúdos das leis vigentes são realizadas anualmente – vejo o uso de pesquisas realizadas por redes sociais como a ÚNICA forma de acompanhar e estar up to date com a realidade jurídica do país.
É preciso conhecer a organização de um escritório de advogados ( grande ou pequeno) para podermos afirmar que a gestão do conhecimento não é considerada na cultura da organização, excepto a parte referente às leis, mas mesmos estas, são estudadas de acordo com a especialidade de cada um e não como um todo. A actividade individualista
da organização, cria feudos de saber, não transmitidos a terceiros, mesmo que seja de uma forma mais interpretativa, e de acordo com as necessidades mínimas para exercer a sua função não juridica.
Gostei muito e reproduzi em nosso Blog, Parabéns!!!
Abs
Fernanda
O segredo é as diversas áreas descobrirem o quanto a gestão do conhecimento pode agregar à realidade do dia-a-dia.
Espero que outras áreas possam ter a mesma noção do que a advocacia, citada no seu exemplo.
Aproveito a oportunidade para solicitar sua visita ao meu blog: http://conhecimentoeti.blogspot.com
Abraços,