Organizações vivas

Há quem diga que há organizações aprendentes. Há outros que dizem que isso é um disparate: “Como pode uma organização aprender? Quem aprende são as pessoas.”. Há quem diga que as organizações são organismos vivos. Há outros que dizem que tal não faz qualquer sentido.

Art Kleiner, pertence ao grupo de quem acredita que as organizações são organismos vivos e que podem aprender (não tivesse ele sido um dos autores do livro “The Fifth Discipline Fieldbook” com Peter Senge e outros).

Kleiner, que já nos habituou às suas ideias provocatórias, inspiradoras, sempre baseadas na realidade das organizações, oferece-nos na edição de Abril da strategy+business um interessante texto sobre organizações como organismos vivos.

Comparando os quatro sistemas de uma organização – hierarquia, rede, mercado e clã – a quatro sistemas do corpo humano – muscular, neuronal, cardiovascular e endócrino -, Kleiner enfatisa a forma como todos se interligam mas também a forma como todos devem ser considerados individualmente.

O texto não é extenso e merece ser lido na íntegra por quem se interessa por estes temas. Ainda assim, deixo aqui algumas passagens em jeito de aperitivo.

”management thinkers have largely come to accept the idea that organizations are not machines; they are as unpredictable, unruly, self-organizing, and even sentient as any living beings.”

”although organizations may not literally be alive, when it comes to running and changing them, they might as well be.”

”research on strategy execution, conducted at Booz & Company by Gary Neilson and others, suggests that effective cultural change starts not with rearrangement of the lines of an org chart, but with information flow and networks.“

”Resistance to change occurs not because people fear change, but because they fear the consequences of contradicting the perceived priorities of the core group.“

Para quem não sabe ou não se lembre, esta última, a mais extraordinária de todas, está intimamente relacionada com as ideias que Art Kleiner partilha no seu livro “Who Really Matters: The Core Group Theory of Power, Privilege, and Success”.

1 comment

  1. Ferdinand 13 Janeiro, 2011 at 16:41 Responder

    É uma metáfora muito utilizada.

    Simplista, se consideramos a vida um fenomeno simples.

    Complexa se olharmos com um pouco mais de carinho para as forças que comandam nossas vidas.

Leave a reply