Através do Twitter cheguei ontem a um post muito interessante de José Baldaia sobre conhecimento organizacional. Entra nalguns detalhes mais académicos, nomeadamente o modelo SECI do Nonaka sobre o qual estou pessoalmente farta de ler, mas fá-lo de uma forma muito terra-a-terra. De qualquer forma, o que mais me chamou a atenção deste texto foram os primeiros parágrafos que tomo a liberdade de reproduzir.
Na sociedade do conhecimento, os colaboradores de uma empresa deveriam desempenhar papéis de alunos, professores e inovadores em um dado momento.
- Ter as competências do estudante para aprender rapidamente num mundo em constante mudança.
- Ter as competências de um professor para organizar e partilhar o nosso conhecimento.
- Ter as competências de inovador e ser capaz de criar novos conhecimentos.
Esta ideia de os colaboradores de uma empresa deverem ser alunos, professores e inovadores é excelente!
Já aqui havia explorado um pouco sobre dois destes papéis – o de aluno e professor, que chamei de criança e de adulto. Mas hoje gostava de sugerir um outro papel aos três que o José refere: o de criança, no sentido em que todos nós devemos ter e alimentar a curiosidade e o espírito de brincadeira que caracteriza as crianças.
Poderíamos dizer que estas são as mesmas competências que caracterizam os inovadores? Poder, podíamos mas… não seria bem a mesma coisa 🙂
Bom dia Ana!
Antes de mais obrigado pela referência ao post e fico grato pelos seus comentários.
Adorei o tema da criança nas organizações e tem toda a razão em chamá-las para as organizações, sem elas com fins lucrativos ou não!
Como tive alguma formação em Analise Transacional, gosto de abordar esse papel (ser criança), mas sempre terra-a-terra e com alguma caricatura aos adultos, para tentar fazer sair os adultos da sua zona de conforto.
Ser criança é tão bom! Não é?
Ser criança é das coisas mais incríveis! No entanto, a grande maioria dos adultos esquece-se da alegria que advém de podermos brincar, experimentar, perguntar, descobrir, rir, etc.. E quando falamos disto nas organizações somos olhados de lado como se todas estas actividades não fossem fundamentais para a aprendizagem individual e colectiva.
Basta dizer que não há muito tempo trabalhei com uma organização onde nem sequer gostavam que eu usasse a palavra “conversa” para descrever as interacções informais entre colaboradores por dar ideia de perda de tempo. E são imensas as organizações onde não se pode sequer considerar o uso de narrativas pois, para quem lá manda, contar histórias é coisas para pais, netos e avós.
Enfim… lá chegaremos um dia 🙂
Boa tarde Ana!
Ainda falando de crianças e do que os “adultos” têm mas não usam, escrevi umas palavras sobre como a vida nas organizações pode ser mais vida e menos vazio.
Deixo aqui os links: http://jabaldaia.wordpress.com/2010/05/03/viver-como-uma-crianca-nas-organizacoes/ e http://jabaldaia.wordpress.com/2010/05/05/ser-crianca-nas-organizacoes-o-principio-epidemico/ – Ser criança nas Organizações – Princípio epidémico, como o meu contributo à sua iniciativa.
Mais uma vez obrigado por chamar as crianças até nós!
Obrigada, José. Ambos os textos são bastante interessantes e deixei já um comentário num deles.