Este ano voltei a ter a honra de presidir ao júri do Prêmio Intranet Portal organizado no Brasil pelo Instituto Intranet Portal.
Foi bom voltar a trabalhar com a Ale Nahra e o Ricardo Neves e conhecer, ainda que à distância, o Marcus Rossetti que se juntou este ano ao grupo de jurados.
A tarefa este ano foi complicada, pelo equilíbrio entre alguns dos casos mas também por uma outra razão inesperada.
Nota-se que as candidaturas são preparadas, na sua maioria, por pessoas da área de comunicação sem grandes conhecimentos de TI. Isso tem resultado no envio de pouca informação sobre esse aspecto da votação. Considero que pode haver também o factor “moda” em jogo.
Na verdade, sinto que as intranets que este ano se candidataram, apostam essencialmente nos aspectos de conteúdo e, algumas, de colaboração. É quase como que os aspectos tecnológicos, e nomeadamente, a integração de TI tenha deixado de ser sexy, interessante e merecedora de destaque.
De qualquer forma, o vencedor da categoria de Integração em TI foi um belíssimo vencedor. A Eletrobras tem uma intranet que aposta essencialmente na integração dos imensos sistemas legados que possuíam, oferecendo acesso centralizado a todos eles. A intranet tornou-se o ponto único de acesso para apresentar despesas, efectuar requisições, pedir férias, consultar vencimento, etc..
Na categoria de colaboração, a Nous volta a repetir o sucesso do ano passado, classificando-se em primeiro lugar. Esta é uma intranet que, pelo facto de a Nous se tratar de uma empresa muito jovem, sem sistemas anteriores para integrar, tem uma componente muito baixa de integração de TI. Por outro lado, as funcionalidades colaborativas da sua plataforma são muito, muito boas.
Finalmente, na categoria de conteúdo, foi uma organização não-privada que arrecadou o primeiro lugar. O SEBRAE Alagoas destacou-se pela forma como utiliza a sua intranet para facilitar a comunicação intra-organizacional.
Quanto aos tão cobiçados Grand Prix, este ano foram para a Método Engenharia no sector privado e para a Directoria de São Paulo do Banco do Brasil nas empresas não-privadas. Nenhum destes casos é perfeito (haverá alguma intranet perfeita?) e ambos apresentam algumas deficiências assinaláveis nalguns aspectos. No entanto, merecem o reconhecimento que lhes foi dado pelo facto de terem conseguido um bom equilíbrio entre os vários componentes de uma intranet (conteúdo, colaboração e integração de TI), pela forma como espelham as prioridades do negócio e, no caso especial do Banco do Brasil, pela subtileza com que procura, com passinhos de bebé, conduzir para o caminho do “social” uma organização tradicionalmente reservada.
Finalmente, há que referir a Cosin que recebeu o prémio especial “intranet social / web 2.0” atribuído excepcionalmente este ano (eu bem disse que a colaboração estava na moda) e a Raízen a quem o júri decidiu atribuir uma menção honrosa pela eficácia dos seus dashboards que têm gerado grandes e tangíveis poupanças à empresa.
Pessoalmente considero que não houve um salto muito significativo na qualidade das intranets candidatas quando comparadas com as de 2010. Ainda assim, foi um prazer desempenhar este papel que, apesar da grande responsabilidade, me permite aprender com a experiência das organizações candidatas, partilhar um pouco da minha própria experiência, e trabalhar com profissionais muito simpáticos como é o caso do Ricardo Saldanha. Vamos ver o que 2012 reserva.
Para já, fica a lista completa dos vencedores.
Grand Prix empresas privadas: Método Engenharia
Grand Prix organizações não-privadas: Banco do Brasil (Diretoria SP)
Conteúdo: 1º Sebrae-Al; 2º SBT; 3º Nous
Colaboração: 1º Nous; 2º Cosin; 3º Sebrae-Al
Integração TI: 1º Eletrobras; 2º Raízen; 3º Sebrae-Al
Prêmio especial “Intranet social / web 2.0?: Cosin
Menção Honrosa: Raízen (pela eficácia dos dashboards e comprovação de ROI)
[…] obrigada ao David Gurteen que me alertou para este vídeo, tão oportuno face ao meu último post. […]