Quer gostem ou não, a verdade é que o Facebook está a mudar a forma como socializamos. Está a derrubar as barreiras geográficas, a aproximar as pessoas, a revelar interesses, amigos e circunstâncias comuns.
O Facebook anuncia agora uma nova funcionalidade que pode revolucionar os sites sociais e a interacção social online: a timeline.
Sim, já houve algumas tentativas de fazer akgo semelhante (veja-se o Plurk, por exemplo) mas não eram o Facebook: não tinham o volume de dados nem de utilizadores para que pudessem ter impacto.
Algumas pessoas vêem os perigos de ainda mais exposição da nossa vida privada. Outras saltam de alegria pela possibilidade de terem uma narrativa visual das suas vidas.
Independentemente do que as pessoas pensam, o Facebook acabou de dar luz a um conceito que vai ficar e mudar o status quo. E se, ao nível pessoal, não estou muito interessada na timeline do Facebook, vejo um claro potencial do conceito aplicado às organizações: seja externamente para recrutamento, marketing e comunicação; ou internamente para aumentar a consciência organizacional e promover comunicação inter-departamental.
Internamente as peças da timeline teriam de mudar um pouco. Talvez devessem ser sobre novas contratações, novos clientes, clientes que saíram, lições aprendidas, novas oportunidades, data de novas releases, reuniões internas, alterações à estratégia, etc..
Externamente, porém, as peças da timeline poderiam ser muito semelhantes às de uma pessoa.

Ideia do que poderia ser a timeline do Facebook para uma organização (clique na imagem para a ver em tamanho grande)
Os amigos poderiam ser clientes. Ou colaboradores. Os locais poderiam ser a localização de projectos terminados. Poderiam adicionar-se eventos e publicações.
Conseguem ver isto como um substituto para a aborrecida página “Sobre nós” que assombra a grande maioria dos sites corporativos? Não será esta uma forma mais rápida e interessante de cativar novos clientes e colaboradores, agora cada vez mais habituados a este tipo de ambientes?
E, internamente, não seria esta uma melhor forma de comunicar com e envolver os colaboradores e a equipa de gestão? A linha do tempo deve ser bem aceite pelas pessoas orientadas a processos, que procuram a sequência das coisas. E, no entanto, os elementos visuais da representação que o Facebook criou é certo agradar às pessoas mais em sintonia com o lado direito do seu cérebro.
(Obrigada à Octágono por ter conseguido decifrar os meus gatafunhos e ter criado o mockup aqui apresentado.
Temos que montar uma prova de conceito de tua proposta Ana, não achas ?
Vou pensar como isso poderia ser em governo.
Bom texto, boa ideia.
Seria muito interessante, sim, Álvaro. Fico à espera dessas ideias.