Quartas nómadas

Há alguns dias, a Ana Silva fez retweet do Guilherme Cartaxo da We Are Boq dizendo que, a partir de agora, vai começar com as “quartas-feiras nómadas”, trabalhando a partir dos escritórios de outras empresas. A primeira foi esta quarta-feira na Corefactor, em Lisboa.

Isto é maravilhoso! Uma pequenina iniciativa de uma pequena empresa que mostra que não são necessários grandes orçamentos para se poderem valorizar e implementar acções capazes de promover a inovação, a troca de conhecimento, etc..

Arrepio-me quando as organizações dizem que são tão pequenas que não precisam de pensar na gestão de conhecimento, ou que o seu orçamento é tão apertado que não o podem fazer. Sim, podem! Têm apenas de pensar de forma criativa e sair para fora da sua caixa (escritório).

O que o Guilherme está a fazer é a recriar – numa pequena escala – alguns dos benefícios de trabalhar num escritório partilhado. Os escritórios de cowork são cada vez mais vulgares (eis porque o All-desk faz todo o sentido). O seu maior benefício não é o custo (reduzido) de ter uma secretária: são as pessoas que se conhecem, os encontros casuais.

As organizações podem pensar noutras organizações com quem poderiam aprender. Ou, melhor ainda, e dado que podemos sempre aprender algo com qualquer pessoa / organização, pensar em organizações que estejam dispostas a recebê-las. Têm apenas de estar dispostas a retribuir: como o Guilherme fez – mostrando-se disponível para acolher outras empresas no seu escritório – ou de outras formas mais criativas (promover os serviços deles, oferecer produtos ou serviços seus, etc.).

E para as organizações para quem isto é demasiado fora da sua zona de conforto, considerem aplicar o mesmo princípio… internamente! Sentem pessoas de uma equipa junto de outras equipas durante uma semana, por exemplo. Continuam com o seu trabalho normal mas ficam expostas a novas conversas, colegas diferentes, desafios diferentes, etc..

E a aprendizagem acontece. E nascem novas ideias. E tecem-se novas alianças. E as organizações crescem e aprendem!

A experiência do Guilherme parece ter sido bastante positiva no dia e, a julgar pelos seus posts no Twitter, ter estado na Corefactor permitiu-o ver coisas (monitores de computador) que o fizeram repensar o seu ambiente de trabalho. Nada mau, hein?

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