Desenho resumo de "The Empowered Employee is Coming; Is the World Ready?"

“The Empowered Employee” – mudança radical

A Ana Silva chamou a atenção para um texto da autoria de John Hagel, Suketu Gandhi e Giovanni Rodriguez, publicado ontem na Forbes. Com o título The Empowered Employee is Coming; Is The World Ready? o texto constitui uma interessante reflexão sobre a relação entre alguns tópicos:

  • os colaboradores empowered e os consumidores conetados
  • o aumento de desempregados e o aumento de vagas de emprego (nalguns setores)
  • a diminuição de custos e o aumento do valor obtido.

As organizações começam lentamente a perceber que é possível, dando-lhes as ferramentas certas, “usar” os consumidores para passar a palavra e aumentar os retornos. Mas será que já começam também a perceber que o mesmo se pode passar com os colaboradores? Que criando espaços (places) de trabalho adequados – ferramentas, espaços físicos e digitais – se pode ajudar os colaboradores (people) a atingir melhor e mais rapidamente os seus objetivos pessoais (performance). E se as pessoas sentirem que estão a atingir os seus objetivos e a progredir em termos de aprendizagem, mais facilmente se comprometem com esses mesmos objetivos e com a organização que os ajuda a crescer.

Cabe às organizações perceber qual a combinação certa de de places, people e performance para que os resultados finais sejam os melhores.

Desenho resumo de "The Empowered Employee is Coming; Is the World Ready?"

Desenho resumo de “The Empowered Employee is Coming; Is the World Ready?”

Mas isto não é fácil! As organizações têm dificuldade em perceber e lidar com esta grande mudança de paradigma – o colaborador no centro, orientando as suas próprias ações com base na informação que lhe é disponibilizada. Mas, por outro lado, as próprias pessoas têm dificuldade em chamar a si este papel e a desenvolverem-se para que sejam capazes de o fazer.

Como dizem os autores do texto:

“There’s a gap in preparation for the disruption wrought by the empowerment of people.”

Eles dizem também que:

“four emerging technologies – cloud, mobile, social, and analytics – have the potential to re-craft the employee experience so that they can learn faster on the job in their day-to-day work environments”

Curiosamente, durante o Enterprise 2.0 Summit em Paris ouvi Marie Khayat reportar os resultados de um grupo que se reuniu para falar sobre os social workplaces. Segundo esse grupo, os quatro facilitadores do social workplace são:

  • as horas de trabalho flexíveis
  • a tecnologia, nomeadamente os dispositivos móveis
  • as plataformas de social media
  • os serviços com base na “núvem”.

Qualquer semelhança não será, certamente, pura coincidência.

2 comments

  1. Alfredo Sá Almeida 10 Fevereiro, 2012 at 17:10 Responder

    Cara Ana Neves,

    Excelente descrição deste novo conceito. Tem muita matéria para se desenvolver e meditar nas forma de aplicação nas organizações empresarias. Mas, sobretudo, no exigente grau de mudança, que um colaborador ‘normal’, tem de se consciencializar para conseguir atingir o estatuto de colaborador empowered. A minha esperança centra-se na aceitabilidade das organizações empresariais em seguir este caminho inovador.

    Grato pelo esclarecimento que acrescentou a este assunto.

  2. Jose Freitas 5 Maio, 2012 at 01:03 Responder

    Mais um excelente artigo!

    Esta questão tenho-a sentido na pele, se por um lado a gestão das organizações começa a perceber, ainda que lentamente, que criando as condições certas só terão a ganhar, por outro lado, as pessoas estão longe de assumir esse papel, pelo menos a maioria.

    Da minha parte, continuo a tentar promover as condições para a organização(gestores) e as pessoas(colaboradores) perceberem as enormes vantagens de uma organização aprendente com os colaboradores no centro, e que essa é a melhor vantagem competitiva que uma organização pode ter.

    Muito obrigado!

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