A a.g.e.n.d.a da IBM

A primeira vez que vi um produto da IBM foi num dos meus primeiros empregos. O sistema de email e de calendário da empresa assentava no Lotus Notes. Depois disso, voltei a ver o trabalho da IBM por volta de 2002, numa “feira” de gestão de conhecimento, em Londres.

Nessa altura, proliferavam as ferramentas-solução de gestão de conhecimento. No meio de todas as outras que me recordo de ter visto, a da IBM destacou-se pela forma como parecia bem pensada, integrada e robusta. Desde essa altura que me habituei a olhar para as ferramentas da IBM como uma referência nesta área.

Essa ideia comprovou-se quando em 2008 vi uma demonstração do Lotus Connections. Fiquei mais uma vez impressionada com a forma como se integrava com outros sistemas da organização, como “valorizava” os colaboradores da organização, como destacava os comportamentos da organização social.

Hoje assisti a uma sessão organizada pela IBM para apresentação das suas ferramentas de social business, sobre o lema “Get social. Do business.“. O que mais me impressionou foi a forma como continuam a apostar nos mesmos princípios de integração e de colocar as pessoas no centro de tudo. As suas ferramentas não serão perfeita (alguma é?) e não servirão para todas as organizações (há alguma que sirva?), mas são ferramentas a acompanhar – nem que seja por curiosidade de ver como se podem fazer ferramentas de qualidade.

Num dos muitos slides que apresentaram, vi um modelo que gostaria de aqui partilhar pois pode ser útil para as organizações reflectirem sobre a sua abordagem ao social business. Trata-se da Social Business Agenda da IBM.

Social Business Agenda da IBM

Social Business Agenda da IBM

Repare-se na forma como a “Agenda” é formada pelos vários pontos referidos, pontos esses que nos remetem para os aspetos:

  • da cultura organizacional
  • da organização
  • das pessoas
  • dos processos
  • da segurança, e
  • das métricas.

Quantas das nossas estratégias de social business ou de gestão de conhecimento consideram todos estes pontos? Quantas organizações têm a visão, a disponibilidade e o empenho necessários para implementar esta agenda na sua totalidade (mesmo as que são clientes da IBM)? A verdade é que serão muito poucas. E esta é uma das razões que tem limitado o impacto que as estratégias de gestão de conhecimento e de social business têm conseguido ter nas organizações, bem aquém do que seria possível (ver os meus comentários sobre o Enterprise 2.0 Summit).

Algo que vi num outro slide desta manhã, foi a seguinte frase que achei deliciosa e um bom conselho para as organizações que estão a avançar nesta direção da organização 2.0, ou organização social:

“Promote experts, engage with your audiences, harness ideas, build communities, drive discussions and get answers.”

Faz sentido, não faz? É fácil? Não, não é. Mas é possível. Acreditemos, empenhemo-nos, e olhemos para todos os pontos da “agenda” e teremos muito mais probabilidades de sucesso.

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