Ontem, enquanto arrumava o meu escritório, encontrei uns apontamentos meus feitos durante o Social Now 2016. Houve uma frase em especial que me saltou à vista:
“In internal blogs you need to find your voice; in internal blogs you need to adapt it.”
Está claramente marcada como algo que me ocorreu enquanto escutava a apresentação do Luis Suarez (é dele a ideia dos 3 males organizacionais que se vê nas minhas notas – reuniões, emails e gestores). Apesar de já ter alguns anos, acho que ainda é válida e merece ficar registada.
Quando escrevemos para um blogue externo (como este), é difícil saber quem é ou quem virá a ser a audiência. Para além disso, um blogue externo luta pela atenção de pessoas que dispõem de milhões de outros blogues.
O que vai distinguir um blogue é o ponto de vista de quem o assina, o seu tom, ou o seu estilo de comunicação.
Os bloggers gostam de ser lidos mas há outras motivações para escrever um blogue externo: manter um registo de trabalho realizado, de lições aprendidas, de locais visitados, etc. Mais ainda, os bloggers têm noção de que só conseguem assegurar uma base sólida de leitores se mantiverem o seu blogue ativo durante muito tempo.
Como tal, a melhor opção é manter-se fiel a si mesma e encontrar a sua voz. Este vai ser o fator decisivo para atrair uma audiência fiel entre aqueles que se interessam pelo tema do blogue.
Por outro lado, os blogues internos a uma organização, são principalmente criados como canal alternativo para comunicar mensagens importantes – cultura organizacional, evolução de um projeto importante, etc. Neste caso, e ainda que a ferramenta seja a mesma, o propósito não o é. O objetivo é chegar ao maior número de colaboradores e fazer chegar a mensagem.
Assim, a quem escreve não é importante encontrar a sua voz mas, antes, encontrar uma forma de chegar aos ouvidos dos colaboradores. Isso requer adaptar o tom e a forma de comunicar ao que as pessoas estão disponíveis para e capazes de entender.
Neste momento, e neste texto, estou a usar a minha voz. Espero que esta ideia possa ser útil para alguém mas, acima de tudo, eu queria mesmo era gravá-la para um dia me lembrar.