The Company Culture Cookbook: How to Change The Way We Do Things Around Here (Kevin M Thomson, 2002)

The Company Culture Cookbook: How to Change The Way We Do Things Around Here

The Company Culture Cookbook - capaSejamos francos: se quer que o seu programa de gestão de conhecimento seja um sucesso, tem de preparar a sua organização. E como se faz isso? Muda-se a cultura… ou muda-se o clima da organização, como defende Thomson.

Thomson diz que a cultura de uma organização é definida pelo que as pessoas pensam, sentem e acreditam. É muito difícil, senão impossível, mudar isto. Assim, ele sugere que nos concentremos em mudar o clima organizacional, constituído pelo que as pessoas dizem, fazem, e parecem. Ao considerar estes aspectos, as pessoas notarão as diferenças e, se tudo correr bem, mudarão aquilo que pensam, sentem e acreditam.

Assim, este livro é sobre como mudar o clima da sua organização. Porquê? Já notou que “valor” está incluído em “valores”? Na realidade, trabalhar sobre os valores emocionais resulta em valor económico. De que é que está à espera?

Para conseguir o empenho das pessoas é necessário que elas:

  • acreditem na causa;
  • se envolvam nela; e,
  • percebam que o seu envolvimento é positivo para elas e para quem as rodeia.

Além disso, precisa estar consciente das emoções (os ingredientes secretos) para conseguir o máximo da sua organização. As emoções são: obsessão, desafio, paixão, empenho, determinação, alegria, amor, orgulho, desejo, confiança, medo, raiva, apatia, stress, ansiedade, hostilidade, inveja, cobiça, egoísmo, e ódio. As emoções dividem-se em dois grupos – as positivas e as negativas. Todas são necessárias mas é preciso muito cuidado para as misturar nas proporções certas. Especialmente as negativas – um bocadinho a mais e a refeição está estragada.

Tal como num bom livro de culinária, o The Company Culture Cookbook sugere diferentes menus. Eles debruçam-se sobre liderança, inovação, gestão em tempos de mudança, interrogação, comunicação, e reconhecimento.

Depois de enfatizar a importância da criatividade nos lucros da organização, Thomson descreve as diferentes fases do processo criativo: pensar, sentir, raciocinar, e planear & executar.

Uma das ferramentas mais interessantes do livro visa descobrir o tipo de trabalho que prefere, como trabalha, como comunica, e o que o motiva. Tudo o que precisa fazer é dizer se é violeta ou amarelo, um rabisco ou uma caixa, um triângulo ou um círculo, vermelho ou azul. Uma matriz dir-lhe-á qual a sua personalidade e o que os outros podem pensar de si. Esta informação pode ser usada para identificar lacunas em equipas, pessoas cuja personalidade pode chocar com a sua, etc..

O livro também fala da linguagem corporal, das palavras proibidas, das perguntas certas, das palavras mágicas, dos “didits” e “goforits”, da avaliação do clima, e da importância da comunicação organizacional depois do ataque em Setembro 2001.

O livro inclui várias listas cheias de tarefas úteis e simples de executar, e modelos para usar nalgumas receitas.

Thomson segue o tema culinário durante todo o livro, o que resulta numa leitura leve e bem-humorada. Contudo, o The Company Culture Cookbook está cheio de pérolas. É um daqueles livros que deveria ter sempre à mão para quando se sentir perdido: se não houver uma receita para o seu problema, estou certa de que, pelo menos, encontrará inspiração e força para lidar com ele.

O livro está carregado de fotos. São divertidas, relevantes, inspiradoras, intrigantes, coloridas, e, se a qualidade do conteúdo verbal não fosse suficiente, certamente justificariam a compra do livro.

Parabéns, Steve Thomson!

The Company Culture Cookbook - capaSobre o livro:
The Company Culture Cookbook: How to Change The Way We Do Things Around Here
Kevin M Thomson. Financial Times/Prentice Hall, GB, 2002.

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