No actual ambiente de rápida e constante mudança as organizações têm de se adaptar rapidamente. Adaptarem-se significa redesenhar funções, estrutura e processos – o que fazem, como o fazem, porque o fazem, com quem o fazem, para quem o fazem. Toda esta mudança gera elevados níveis de stress e ansiedade. Ou será que a causa é uma fraca liderança e não a mudança propriamente dita?
Este livro é sobre o papel dos líderes na economia actual, oferecendo suporte e motivação aos empregados. Afinal de contas, as organizações necessitam explorar ao máximo o potencial dos seus colaboradores.
Os primeiros dois capítulos do livro oferecem um excelente sumário dos principais desafios do actual ambiente económico: a revolução tecnológica, o poder dos clientes, a economia do conhecimento, alterações na força de trabalho, etc.. Todos estes aspectos conduziram a uma mudança de paradigma, um paradigma que se assemelha ao modelo de transformações dos sistemas vivos (living system model of transformations).
A mudança pode ser incremental ou descontínua. Esta última, a mais comum e problemática para as organizações de hoje, é quase sempre causa de stress. Contudo, há pessoas que adoram períodos de mudança. Os adeptos da mudança, têm as seguintes características em comum: confiança, desafio, lidam com a situação, contra-balanço, criatividade, e colaboração. Elas vêem a mudança como uma oportunidade.
Contudo, a grande maioria dos colaboradores das nossas organizações, teme a mudança pois vê-a como uma ameaça. Durante períodos de grande mudança organizacional, estes colaboradores tendem a exibir as seguintes reacções emocionais: negação, negativismo, ponto de mudança, aceitação, e empenho. O quarto capítulo sugere formas de como liderar nestas várias fases.
O sexto capítulo é sobre lealdade: o seu papel, os seus benefícios, e os seus princípios básicos. E, o que podem fazer as organizações para mostrar lealdade para com os seus colaboradores? E o que podem fazer para conquistar a sua lealdade?
No capítulo cinco, quatorze líderes partilham a sua experiência e opinião sobre os seis elementos do núcleo da liderança (core of leadership): visão, integridade, confiança, valores, vulnerabilidade, e motivação. Nos seus testemunhos, falam-nos das suas organizações e de pessoas que conheceram ao longo das suas carreiras.
Finalmente, o capítulo sétimo conta-nos como algumas empresas (Xerox Corporation, Adelphia Communications, Vitessa, Cisco Systems, J.M. Huber Corporation, etc.) conseguiram liderar, entusiasmar e motivar os seus colaboradores em alturas de grande mudança. Em conjunto, estas histórias ilustram as sugestões de Kinsey Goman de como liderar num negócio virado de pernas para o ar:
- Analise as realidades em mudança
- Adopte o novo modelo de negócio
- Desenvolva uma força de trabalho adepta da mudança
- Lidere a mudança descontínua
- Fortaleça o núcleo da liderança
- Renegocie o contrato entre empregados e empregadores
- Liberte o potential dos colaboradores.
Escrito para líderes e profissionais que se encontrem ou se preparem para um período de mudança, este livro deve, na verdade, ser lido por todos os líderes e gestores. Está muito bem escrito (os primeiros dois capítulos são um prazer), e conta muitas histórias reais de sucesso e insucesso, e fictícias de humor. Embora se baseie na realidade e na cultura americanas, pode ser lido e entendido por qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.
Sobre o livro:
This Isn’t The Company I Joined: How to Lead in a Business Turned Upside Down
Carol Kinsey Goman. KCS Publishing, EUA, 2004.