Gestão de Conteúdo como apoio à Gestão do Conhecimento

estão de Conteúdo como apoio à Gestão do Conhecimento - capaNa capa do livro podem ler-se as seguintes palavras “Leitura essencial para gestores de intranets, portais corporativos e sites de relacionamento”. Não sei se será “essencial”, mas é certamente um livro útil para o público identificado. É um livro pequeno e de simples grafismo mas que, de forma concisa e directa, aborda as questões principais associadas à gestão de conteúdo em portais corporativos e intranets.

O primeiro capítulo fala da evolução das empresas no que diz respeito ao seu relacionamento com a Internet. Neste contexto existem duas categorias distintas de empresas: as “pontocom” e as empresas tradicionais que decidiram explorar a Internet como forma de potenciar o seu capital (social, financeiro, de relacionamento, etc.). Enquanto que estas últimas, têm, na sua maioria, colhido os frutos do seu investimento, as primeiras, depois de um grande sucesso inicial, estão agora em declínio. Uma análise cuidada das razões revela que:

  • grande parte da tecnologia falhou por não estar suficientemente madura e não ter sido devidamente adaptada às necessidades de cada empresa;
  • os modelos empresariais escolhidos não funcionaram como esperado;
  • o capital da empresa foi subvalorizado;
  • havia a necessidade de reagir e crescer muito depressa; e,
  • era notória uma falta de capacidade de gestão.

São também dados alguns exemplos de aplicações que têm sido construídas com base na Internet e com o recurso à tecnologia: e-commerce, business-to-consumer (B2C), business-to-business (B2B), business-to-employee (B2E), gestão de relacionamento com clientes (CRM), portais corporativos, e-learning, e comunidades virtuais.

O segundo capítulo apresenta as necessárias e habituais definições que permitem estabelecer uma liguagem comum de suporte à presente obra. Assim, e recorrendo a conhecidos autores, são sugeridas definições para dados, informação, conhecimento, e gestão de informação.

O capítulo seguinte continua neste trilho, começando por oferecer definições para gestão de conteúdo e estabelendo a diferença entre conteúdo e informação. O capítulo fala ainda dos três aspectos fundamentais para a construção de um site – forma, navegação e conteúdo – e considera as utilizações, características e questões associadas à Internet, intranet e portais corporativos, sob uma perspectiva de gestão de conteúdo.

Esta secção do livro descreve, resumidamente, a forma como algumas organizações estão a utilizar intranets e portais corporativos e considera ainda as quatro aplicações de um portal: gestão do conhecimento, auto-serviço, trabalho colaborativo e integração da cadeia de valor.

Finalmente, o capítulo três aborda a questão da memória organizacional e de que forma a gestão de conteúdo pode ajudar a preservá-la.

O quarto capítulo é sobre fluxo de trabalho (workflow) na gestão de conteúdo. Cada vez mais é preciso integrar a publicação de conteúdo em sites com a forma de operar da organização. É importante que os produtos escolhidos pela organização para gestão de conteúdo permitam replicar os processos desejados. A leitura desta secção permite ao leitor ficar a saber mais sobre a importância do workflow, a melhor forma de escolher uma ferramenta de gestão de conteúdo, e os três passos para a implementação do produto de workflow:

  1. definição dos processos de negócio afectados;
  2. automatização dos fluxos de trabalho; e,
  3. instalação da tecnologia.

O processo de gestão de conteúdo, em si mesmo, inclui, tipicamente, as seguintes fases: criação, revisão / edição, aprovação, publicação, arquivo ou eliminação. Esta última fase é crítica e fonte de muitas dores de cabeça para as organizações. Por este motivo, o autor elabora um pouco mais falando do raciocínio que as organizações devem usar para decidir o destino do conteúdo.

Finalmente, o capítulo identifica as seis fases para a implementação de um processo de gestão de conteúdo:

  1. levantamento de características do site;
  2. planeamento técnico;
  3. alteração da estrutura do site;
  4. actualização de conteúdo;
  5. divulgação do site; e,
  6. acompanhamento da utilização do site.

O quinto e último capítulo do livro fala sobre algumas das tecnologias e ferramentas actualmente disponíveis para gestão de conteúdo. O capítulo nomeia mesmo as ferramentas e fala sobre os seus pontos fortes e principais características.

É um livro de fácil leitura que serve de ponto de partida para quem precisa de gerir conteúdo de sites, portais ou intranets. Penso, porém, que não dispensa a leitura de outras obras mais aprofundadas ou a conversa com colegas que já tenham passado por aventuras semelhantes.

estão de Conteúdo como apoio à Gestão do Conhecimento - capaSobre o livro:
Gestão de Conteúdo como apoio à Gestão do Conhecimento
Eduardo Lapa. Brasport, Brasil, 2004.

1 comment

  1. Raquel Pinto 6 Julho, 2009 at 10:45 Responder

    Ache interessante a existencia desta livro por causa do tema:Gestão de Conteúdo como apoio à Gestão do Conhecimento, que se relaciona em grande parte com minha tese de mestrado mas aplicado ao ensino básico escolar…!

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