European Policies for a Knowledge Economy (Maria João Rodrigues, 2003)

European Policies for a Knowledge Economy

European Policies for a Knowledge Economy - capaNas palavras da autora, “o objectivo do livro é […] oferecer informação organizada sobre esta estratégia europeia e sobre as políticas para uma economia baseada no conhecimento” (p xvi).

A Agenda de Lisboa, aprovada em 2000 aquando do Conselho Europeu de Lisboa, assenta em três pressupostos:

  1. não será fácil sustentar o modelo social e a qualidade de vida da Europa sem uma plataforma competitiva;
  2. o modelo europeu necessita ser revisto de forma a suportar esses factores competitivos; e,
  3. a chave para estes problemas reside numa rápida progressão para uma sociedade do conhecimento.

A forma como o conhecimento é criado, difundido e utilizado está a alterar a sua importância e o seu impacto. A questão é que se não houver um esforço concertado, os benefícios não serão verificados. É por isso necessário haver um conjunto bem definido de políticas. Assim, as políticas de conhecimento são as políticas cujo objectivo é promover e moldar a transição para a sociedade do conhecimento.

A governação numa sociedade do conhecimento requer:

  • mais participação e debate combase no conhecimento disponível
  • maior sinergia entre os processos democráticos e os de aprendizagem;
  • um processo mais interactivo para criação de novas políticas;
  • um Estado com um papel mais facilitador e catalisador; e,
  • maior interacção entre os diferentes níveis de governação.

Depois dos dois capítulos iniciais, a autora dedica cada um dos capítulos seguintes às políticas que afectam a caminhada para uma sociedade de conhecimento:

  • políticas para a sociedade de informação;
  • políticas para investigação e desenvolvimento; e,
  • políticas para iniciativa e inovação.

Devo destacar nestes capítulos, o que Rodrigues refere sobre as competências necessárias para as profissões na sociedade do conhecimento, redes de excelência, e tópicos prioritários para investigação.

O sexto capítulo fala da sociedade aprendente. Este diferente tipo de sociedade requer também competências distintas: um misto de competências teóricas, práticas, sociais e cognitivas.

O capítulo final tenta fazer um apanhado dos progressos nos três primeiros anos da Agenda de Lisboa, lista os principais problemas a considerar, e reflecte sobre as implicações desta estratégia na reforma institucional da União Europeia.

Este livro utiliza os Estados Unidos da América e o Japão como marcadores para comparação da Europa e dados comparativos ocupam muitas páginas deste livro enriquecendo-o com a criação de um contexto que explica a necessidade de a Europa repensar a sua estratégia.

Esperava um livro massudo e massador mas fiquei agradavelmente surpreendida. O livro é bastante interessante, fácil de ler, e apresenta dados bastante curiosos acompanhados de análises relevantes. Aprendi bastante e estou ainda mais certa da importância da Europa, de cada nação europeia, de cada região e cada organização planear a sua estratégia de conhecimento no sentido de melhorar a sua posição competitiva.

European Policies for a Knowledge Economy - capaSobre o livro:
European Policies for a Knowledge Economy
Maria João Rodrigues. Edward Elgar Publishing, UK, 2003.

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